Relógios & Canetas online Editorial - o fim dos intermediários

O fim dos intermediários

Global e desmaterializada, a comunicação e as suas estratégias estão em fase de transição. Será que investir nas plataformas digitais é suficiente? Desistir dos media clássicos – papel, rádio televisão – é visão de futuro ou decisão demasiado radical? Pagar a figuras públicas para fazer propaganda de produtos ainda resulta, ou o tempo dos “embaixadores” acabou? Gastar dinheiro em publicidade ou dirigi-lo para eventos com consumidores finais?

Todas estas interrogações, e mais algumas, como a presença ou não em feiras internacionais, são actualmente a angústia de marketeers e executivos em todos os segmentos do consumo, nomeadamente no Luxo e na Relojoaria.

Com tanto algoritmo a regular, desde já, nos bastidores, o quotidiano da generalidade das pessoas, sempre sem elas se darem conta disso, já há quem adiante que o futuro está nos “influenciadores virtuais”. Essa nova figura, a quem não se pagaria nada, teria um perfil afinado ao gosto de determinado segmento, seria interactivo, agiria ao sabor do algoritmo, contactando “pessoalmente” o consumidor sempre que ele navegasse pelo mundo digital, escolhendo o momento certo.

Se esta corrente começa a ganhar força, há uma outra, em sentido contrário, onde a teoria é “tornar as marcas cada vez mais humanas, num mundo cada vez mais tecnológico”. Contar histórias, proporcionar experiências, personalizar atendimentos, privilegiar o contacto directo estão entre as prioridades desta corrente.

Enquanto isto se vai discutindo, o Richemont Group, que lidera na Relojoaria de luxo e tem as plataformas de venda online Net-A-Porter e Mr. Porter, acaba de assinar uma parceria com a chinesa Alibaba. Os velhos e novos milionários chineses – há 3 novos a cada hora que passa – compram cada vez mais online. Sem intermediários de qualquer espécie.

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