Foto SNI
A 13 de Março de 1968, o médico sul-africano Christian Barnard estava em Coimbra, a convite do Centro Universitário da Mocidade Portuguesa. A 3 de Dezembro de 1967, uma equipa do cirurgião efectuava o primeiro transplante de um coração humano. O paciente sobrevive 18 dias. "No sábado, eu era cirurgião numa pequena cidade da África do Sul. Na segunda eu era mundialmente conhecido", diria na altura. No segundo transplante, o paciente viveu 594 dias após a operação. Barnard ainda fez outros transplantes mas foi obrigado a interromper a carreira, devido à artrite reumatóide. Durante a primeira visita a Portugal foi-lhe oferecido um coração em filigrana de ouro. Meses depois, e a caminho do Brasil, Barnard chegava de novo a Lisboa e ia à Casa de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa, onde assinou o livro de cumprimentos a Salazar, ali internado. Barnard voltaria a visitar Portugal, em Novembro de 1990. Faleceu em Setembro de 2001. Um in memoriam do Professor Manuel Antunes, dos Hospitais da Universidade de Coimbra, pode ser lido aqui.
Foto na primeira página do Diário de Lisboa de 23 de Setembro de 1968
2 comentários:
A República onde o médico sul-africano esteve e bebeu vinho tinto de um clister da Vista Alegre pendurado no texto já não existe. Era na avenida dos Combatentes.
LPA
Esta foto foi tirada na sala de jantar da "Real Republica do Pagode Chinês", na Rua dos Combatentes, sob a pintura mural realizada em 1947:
"Ofendeu o Buda,
Não há quem lhe acuda!".
Da direita para a esquerda da foto consigo identificar:
Srª de Christian Barnard
Pedro Dimas Nogueira - a cantar
Antonio Frutuoso Melo - na viola
Joaquim Maria Saldanha -
Manuel Ramanho - na guitarra de Coimbra
Christian Barnard
Francisco Pinto Mesquita
Paulo Moreira
Luis Miranda Pereira
Antonio Frutuoso Melo
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