quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
De Bethune avança com técnica "ressónica" e nos calibres de muito alta frequência
A esmagadora maioria dos relógios mecânicos vibra entre os 2,5 e os 5 Hz. Por princípio, quanto mais elevada a frequência, maior a exactidão. Mas há limites - desgaste de material, por exemplo. A De Bethune tem-se interessado desde há vários anos pelos chamados calibres de muito alta frequência. Em 2006, por exemplo, apresentou um escape em silicone que faz 72 mil vibrações por hora e tem roda de balanço e espiral auto-compensadas.
Voltando-se para o mundo físico da ressonância mecânica, a De Bethune conseguiu, ao fim de dois anos de estudos, dirigidos por Denis Flageollet, consolidar um novo conceito aplicável à relojoaria mecânica - esta descoberta, que baptizou de “Horological Résonique”, baseia-se na sincronização perfeita entre um ressoador acústico e um escape-rotor magnético.
Este sistema de ressonância de alta frequência serve para armazenar energia que alimente um mecanismo de alta frequência. Essa técnica levou ao desenvolvimento de vários protótipos, com frequências de oscilação entre os 200 e 0s 1000 Hz.
Em Dezembro passado, durante uma apresentação pública, a De Bethune surgiu com um oscilador 926Hz, com um escape que atinge as 2.525,5 rotações por minuto! Livre de qualquer roda de balanço, espiral ou escape tradicional, e composto por um número limitado de peças móveis, este silencioso calibre inventado pela De Bethune promete isocronismo elevado e, ao mesmo tempo, eliminação de limites como sejam lubrificação, desgaste ou atrito.
A De Bethune promete mais novidades sobre a sua técnica "ressónica" para meados deste mês. Estação Cronográfica estará atenta.
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