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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Relógios atrasam uma hora na noite de sábado para domingo


Escultura de Salvador Dali (arquivo Fernando Correia de Oliveira)

Na noite de sábado para domingo, dia 25 de Outubro, os relógios atrasam uma hora. Entra-se na Hora de Inverno.

Até há cerca de um século, o tempo era local e cada local tinha o seu tempo. Os caminhos-de-ferro e, sobretudo, a electricidade, exigiram e permitiram a transmissão de tempo igual para regiões diferentes. Portugal, no início do século XIX, adopta o Tempo Solar Médio (dia de 24 horas) e os Observatórios Astronómicos de Lisboa e Coimbra transmitiam a Hora Legal (conceito novo) para a respectiva região de longitude.

A partir de 1878, o Observatório de Lisboa passa a fazer a transmissão telegráfica da hora oficial a todo o país. Só com a implantação da República Portugal entra no sistema de fusos horários. Assim, a 1 de Janeiro de 1912, o país fica com a hora do fuso das 00h00, o de Greenwich, tendo nesse dia os relógios sido adiantados 36 minutos e 44,68 segundos (a diferença entre os meridianos dos Observatórios de Lisboa e Greenwich).

Em plena I Guerra Mundial, em 1916, e para aproveitar ao máximo as horas de sol, surge pela primeira vez em Portugal o regime da Hora de Verão. Muito se tem debatido sobre a razoabilidade dessa medida, adoptada hoje por tantos países. A ideia parte de Benjamin Franklin que, em 1784, a viver em Paris, escreve a propor esse esquema aos cidadãos da cidade. E acrescenta medidas complementares a essa mudança da hora.

“Que seja lançada uma taxa de um Luís por janela que tenha persianas que impeçam a entrada da luz solar”, defende o revolucionário independentista norte-americano.

“Que a cada família só seja permitido comprar uma libra de velas por semana”.

“Que a guarda impeça todo o trânsito de carruagens depois do pôr-do-sol, excepto os de médicos, cirurgiões e parteiras”.

“Todas as manhãs, logo que o sol apareça, que os sinos das igrejas soem; e se isso não for suficiente, que canhões sejam disparados em cada rua, para que os preguiçosos acordem”.

Por outras palavras, é preciso aproveitar todos os segundos que o sol nos dá. Embora, claro, a noite também seja produtiva…

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