A Cartier reservou a manhã de hoje para apresentar à imprensa a sua nova loja. no nº 240 da Avenida da Liberdade, em Lisboa.
As portas do novo espaço, com 250 m2, com mais de dez montras verticais emolduradas por pedra de cantaria, abriram-se pela primeira vez na segunda-feira e a festa de inauguração está prevista para Setembro.
Situada num prédio de esquina construído no último quartel do século XIX, segundo o modelo dos boulevards do Barão Haussmann em Paris, esta loja "inscreve-se com classicismo e soberania no coração da artéria mais elegante da cidade", diz-nos Olivier Gay, responsável Cartier para a Península Ibérica. "Fiel ao espírito da Maison Cartier, o n.º 240 da Avenida da Liberdade cultiva a arte de receber e convida a descobrir o doce silêncio de salões dedicados à joalharia, às alianças e anéis de noivado, relojoaria e acessórios", sublinha.
Com a nova boutique lisboeta, a Cartier criou "um universo que privilegia o conforto dos materiais nobres, paredes de carvalho claro, couros castanhos com pesponto nas mesas e consolas", sublinha Olivier Gay. "Uma atmosfera íntima, à imagem do projeto imaginado pelo arquiteto de interiores parisiense Bruno Moinard, responsável pelo conjunto das lojas Cartier em todo o mundo".
Na manhã para a imprensa estiveram também presentes Simoneta Gómez-Acebo, Directora de Comunicação e Juan Carlos Oyanguren, Relações Públicas Cartier para a Península Ibérica. A loja Cartier de Lisboa tem Helena Holstein como Directora.
A sala do fundo da boutique Cartier, reservada a clientes VIP, recorda nas paredes a relação histórica da Maison com Portugal. Nomeadamente através de cartas da Casa Real portuguesa, dos termpos de D. Carlos, D. Amélia e D. Manuel II.
Definida por Eduardo VII de Inglaterra como "joalheiro de reis, rei dos relojoeiros" a Cartier forneceu desde praticamente a sua fundação as maiores cortes reais e imperiais da Europa, uma supremacia que lhe permitirá obter numerosas licenças de fornecedor oficial.
Em 1905, D. Carlos elevava a Cartier à categoria de fornecedor da Casa Real portuguesa. Em 1913, já implantado o regime republicano, o rei deposto, D. Manuel II, visitou a sede histórica da Cartier, na Rue de la Paix, em Paris.
Ainda em 1913, a mãe, D. Amélia, adquire um colar com diamantes e onze rubis de 14,55 quilates. Fiel à Maison Cartier, a Casa Real portuguesa no exílio encomenda, em 1921 e em 1922, uma tiara de tartaruga e um anel dito «de bispo» com uma safira de 26,88 quilates.
Esta ligação histórica e estilística foi relembrada e reforçada, em 2007, pela exposição "Cartier 1899 – 1949, o percurso de um estilo", que decorreu em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian.
D. Carlos e D. Amélia presentes na boutique Cartier de Lisboa
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