Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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sábado, 19 de março de 2011

O relógio mais complicado do mundo, o Monteiro dos Milhões e uma exposição em Besançon

Estação Cronográfica tem escrito recorrentemente ao longo dos anos sobre António Augusto de Carvalho Monteiro (o Monteiro dos Milhões), sobre o seu gosto por relógios e sobre um relógio muito especial que ele encomendou à manufactura francesa Leroy e que, ao tempo, início do século XX, foi considerado "o relógio mais complicado do mundo". Sobre isso pode ler aqui.

Ora, Estação Cronográfica tem andado por estes dias deambulando pelo Franche-Conté, nas suas habituais investigações sobre o património relojoeiro e "a fazer tempo" para a semana de fogo que será a próxima, em Basileia, na Baselworld.

aqui tínhamos, entretanto, referido a Exposição Montres et Merveilles que o Musée du Temps, em Besançon, leva a efeito até 29 de Maio. Mais pormenores podem ser vistos aqui.

Estação Cronográfica voltou mais uma vez ao Palais Granvelle, no nº 96 da Grande Rue, e passou hoje o dia no Museu e deixa-lhe aqui um portefólio que, espera, lhe abra o apetite...

O célebre Leroy nº 1, adquirido por Carvalho Monteiro, foi a leilão depois da sua morte. O município de Besançon quotizou-se para conseguir recuperar a peça. E assim aconteceu. O Leroy encomendado pelo milionário português é a peça central da exposição. Com as suas 24 complicações relojoeiras (incluindo Calendário Perpétuo; Fases e Idades da Lua; Estações, Solstícios e Equinócios; Equação do Tempo; cronógrafo flyback; grand sonnerie en passant, petit sonnerie; repetição de horas, quartos e minutos, com melodia carrilhão; estado do céu no hemisfério norte no dia indicado pelo calendário perpétuo, um céu para Paris, com 236 estrelas, outro para Lisboa, com 560 estrelas; um céu para o hemisfério sul, Rio de Janeiro, com 611 estrelas; a hora em 125 cidades da Europa; o nascer e pôr do sol afinado para Lisboa).

Que pena o Leroy não ter ficado por Portugal... Estaria decerto bem num sítio como a Casa-Museu Fundação Medeiros e Almeida, em Lisboa...

A exposição apresenta exemplares de relojoaria grossa, média e fina, desde o século XIV à actualidade.

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