De Cristo que ressurgia,
Água-nova e Lume-novo,
Na manhã da aleluia.
Aleluia: Primavera...
Que lindo altar, o do Monte!
- Rebentam as Águas-novas,
Nos veios de cada fonte.
Passou, lá como um toiro,
Bravo temporal, aos roncos...
- E o Lume-novo das seivas,
Restruge, em musgos e troncos!
Arde a terra em labaredas,
Desde o vale a toda a altura;
Andam "queimadas" na serra:
Fresco incêndio de verdura!
E o verde fogo das vinhas,
Apegou-se aos milheirais...
Quanto mais as águas correm,
Quanto as chamas sobem mais!
António Correia de Oliveira (1878-1960), poeta português
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