domingo, 2 de junho de 2019
Relógios & Canetas online Junho - 2020, odisseia no (pouco) espaço
Editorial
2020, odisseia no (pouco) espaço
Quatro grandes grupos – Swatch, Rolex, Richemont e LVMH – dominam 75 por cento das receitas totais da relojoaria suíça. As cerca de 350 marcas que ficam de fora competem com cada vez mais dificuldade pelos restantes 25 por cento do bolo.
Os dados mais recentes, coligidos pelo banco de investimentos norte-americano Morgan Stanley, em colaboração com a empresa de consultadoria suíça LuxeConsult, dizem que as vendas de relógios suíços no retalho mundial, excluindo imposto de consumo, valeram 51,9 mil milhões de francos suíços (cerca de 51 mil milhões de euros) em 2018. Isto compara com os valores fornecidos pela Federação Relojoeira helvética para totais de exportação à saída de fábrica – 21,2 mil milhões de francos suíços.
Os cerca de 52 mil milhões de francos suíços, segundo o estudo, dividem-se assim: 28.6% para o Swatch Group, 23.5% para a Rolex (incluindo a Tudor), 18.4% para o Richemont e 7.9% para o LVMH (Bulgari, TAG Heuer, Hublot e Zenith).
Isto deixa muito pouco espaço para os outros players no mercado, incluindo nomes poderosos como a Hermès (0.7% da quota do mercado relojoeiro) ou o grupo Kering (Gucci Watches, Ulysse Nardin e Girard-Perregauapenas 1.6% do bolo).
O Morgan Stanley identifica os “sete magníficos”, cujo turnover excedeu os mil milhões de francos em 2018. São eles a Rolex (CHF 5 bi), Omega (CHF 2.34 bi), Cartier (CHF 1.66 bi), Longines (CHF 1.65 bi), Patek Philippe (CHF 1.35 bi), Tissot (CHF 1.050bi) e Audemars Piguet (CHF 1.03 bi). O estudo refere ainda que estes “sete magníficos” tiveram em 2018 um comportamento melhor do que o do Mercado – a indústria cresceu 6.3%, enquanto o grupo dos mais poderosos cresceu cerca de 9%.
De notar ainda que, entre as 19 marcas do Swatch Group, as 3 principais (Omega, Longines, Tissot), correspondem a 60% do turnover do grupo e uma percentagem ainda maior dos seus lucros.
Os últimos dados da Federação Relojoeira, respeitantes aos primeiros 4 meses de 2019, revelam que as exportações estão a desacelerar desde o Verão do ano passado, estando agora nos 2,1%, comparados com idêntico período de 2018.
Quantas das 350 marcas a disputarem apenas um quarto do bolo chegarão a 2020?
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