O Monaco original de 1969
Produto nada convencional, o relógio Monaco foi, em 1969, a tradução do espírito pioneiro da Heuer (hoje TAG Heuer).
A manufactura suíça está a comemorar o meio século do primeiro cronógrafo automático do mundo, realizando eventos na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, lançando em cada um deles, ao longo de 2019, versões de edição limitada de um novo Monaco.
Entretanto, um novo livro, intitulado Paradoxical Superstar,
documenta os pontos altos históricos e técnicos do Monaco desde 1969 até aos
dias de hoje, estando a obra disponível nas boutiques TAG Heuer e no site da
marca.
Com o seu formato peculiar de caixa, quadrada, o Monaco dividiu
opiniões quando surgiu, numa altura em que os relógios de forma (os que não têm
caixa redonda) eram relativamente raros.
O Monaco foi publicamente conhecido a 3 de Março de 1969, em
conferências de imprensa simultâneas em Genebra e Nova Iorque. Além da forma da
caixa, sobressaia no design o mostrador azul metálico e os ponteiros azul claro
e Vermelho.
“Queríamos criar um produto completamente inovador, de avant-garde”,
recorda o hoje Presidente Honorário da TAG Heuer. Jack Heuer acrescenta: “Quando
vi a caixa quadrada, percebi logo que estava ali algo de muito especial. Esse
tipo de caixa era até então usado apenas em relógios de cerimónia, pois não se
podia garantir a estanquecidade. Ainda por cima estávamos a trabalhar um
cronógrafo”.
O Monaco reuniu assim duas novidades técnicas – cronógrafo automático
e a primeira caixa quadrada resistente à água.
O cronógrafo automático era o célebre Calibre 11, resultado
de três anos de colaboração estreita entre as marcas Heuer, Breitling e Hamilton.
Em 1969. Jack
Heuer era o CEO da então empresa familiar e foi pioneiro no patrocínio a
figuras ligadas ao desporto motorizado.
Não foi, pois, por acaso, que o novo cronógrafo automático
se chamou Monaco – já então se realizava no principado um dos mais populares
prémios de Formula 1.
O Monaco tem um dos seus momentos de maior glória quando
Steve McQueen usa um no pulso no filme Le Mans, de 1971. Em meados dessa época,
o Monaco veste-se de pretp – surge The Dark Lord, um modelo raro, muito
cobiçado pelos coleccionadores.
Em 1985, a Heuer transforma-se em TAG Heuer (sendo TAG Tecnologias)
de Avant-Gard. Em 1968, o Monaco é relançado, com um calibre novo. E, em 2011,
surge o revolucionário Monaco V4, com micro-correias a substituírem o
tradicional trem de rodagem.
O jornalista britânico Nicholas Foulkes escreveu um capítulo
de Paradoxical Superstar , contando a história do Monaco desde 1969 até à
actualidade. O escritor e perito relojoeiro alemão Gisbert Brunner escreveu
outro sobre as inovações técnicas do modelo. Finalmente, o escritor, editor e
aficionado de relojaoria norte-americano Michael Clerizo debruça-se sobre a
relação do Monaco com Steve McQueen. O prefácio é do Príncipe Alberto II do Mónaco.
Anúncio ao Monaco, de 1969
O estojo do Monaco original de 1969
O Monaco usado em 1971 por Steve McQueen no filme Le Mans
Steve McQueen no filme Le Mans
Steve McQueen e Jo Siffert
O Monaco Dark Lord de 1979
O relançamento do modelo Monaco em 1998
O revolucionário Monaco V4 de 2011
Monaco Calibre 11, de 2015
Monaco Calibre 11, de 2015
O Calibre 11
O Calibre 11
Monaco Calibre 11
Monaco Calibre 11
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