Já está disponível, aqui e aqui a edição de Janeiro do Relógios & Canetas online. Começámos o ano com um recorde - são 179 páginas inteiramente dedicadas à alta relojoaria, instrumentos de escrita, jóias e outros objectos de luxo.
Editorial:
Cuidado com as falsificações
Fernando Correia de Oliveira
A Federação Relojoeira Suíça (FH), que representa 90 por cento dos fabricantes do sector, terminou o ano de 2015 emitindo um comunicado onde alerta para a explosão recente de anúncios na Internet e nas redes sociais de sites de venda de falsificações.
Já aqui tínhamos abordado a questão (no Editorial deNovembro). Mas o fenómeno não pára de crescer e a FH está verdadeiramente preocupada, especialmente porque ocorre numa altura em que todo o sector se confronta com um decréscimo nas exportações – explicado pelo arrefecimento da economia chinesa, desvalorização da moeda chinesa, campanhas anti-corrupção chinesas que desencorajam presentes como relógios… mas também o baixo preço do petróleo e do gás, que toca economias como a russa. A isto, soma-se a desestabilização em várias zonas do globo e o terrorismo.
Quanto aos anúncios de relógios falsos, a proveniência é geralmente a China. As marcas anunciadas são sempre suíças, as fotos mostradas são de relógios verdadeiros, mas quando a encomenda chega, vê-se que se trata de falsificações. Outra coisa não seria de esperar, já que os preços são sempre da ordem dos 10 por cento ou menos do PVP habitual.
A FH recomenda que as compras online de relógios sejam sempre precedidas de uma análise do site em causa, dos comentários que foram feitos sobre ele por utilizadores anteriores, e que se afastem de “oportunidades que são boas de mais para serem verdade”.
A FH, bem como as marcas relojoeiras envolvidas no uso abusivo do seu nome e imagem, estão a pressionar internacionalmente para o encerramento dos sites em causa. E estão a informar as redes sociais e os meios de pagamento sobre estas práticas fraudulentas.
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