Há quem diga, ser a vida o intervalo,
entre as partes que julgamos conhecer.
E nós sermos só a sela do cavalo
que galopa desde a alba ao anoitecer.
Não seremos mais que assento de transporte,
p'ra levar da Vida à Vida o que em nós É.
Carregando à garupa a nossa sorte,
mais o estro, o fado, o signo, a força, a fé.
Mas de tudo o que fazemos o assento,
só notamos a raiz do pensamento,
não sabemos que transporta o coração...
Pois a carga das palavras é albarda,
que pensamos ser o nosso anjo da guarda,
mas não passa do almocreve da razão.
Virgílio Castelo
quinta-feira, 3 de julho de 2014
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3 comentários:
Colegial
Parnasiano sou com muito gosto
a perfeição do verso pondo acima
de tudo quanto seja apenas rima
que aliás não menosprezo por suposto.
Dou preferência à musicalidade,
as sílabas contando sem falhar,
uma por uma, como era vulgar
fazer-se na remota antiguidade.
Não quer isto dizer que por sistema
não tenha em conta o respectivo tema,
dando ao amor o justo privilégio.
Industriado em jovem no colégio,
procuro dar-lhe um cunho original
inconfundivelmente… pessoal!
João de Castro Nunes
Colegial
Parnasiano sou com muito gosto
a perfeição do verso pondo acima
de tudo quanto seja apenas rima
que aliás não menosprezo por suposto.
Dou preferência à musicalidade,
as sílabas contando sem falhar,
uma por uma, como era vulgar
fazer-se na remota antiguidade.
Não quer isto dizer que por sistema
não tenha em conta o respectivo tema,
dando ao amor o justo privilégio.
Industriado em jovem no colégio,
procuro dar-lhe um cunho original
inconfundivelmente… pessoal!
João de Castro Nunes
Colegial
Parnasiano sou com muito gosto
a perfeição do verso pondo acima
de tudo quanto seja apenas rima
que aliás não menosprezo por suposto.
Dou preferência à musicalidade,
as sílabas contando sem falhar,
uma por uma, como era vulgar
fazer-se na remota antiguidade.
Não quer isto dizer que por sistema
não tenha em conta o respectivo tema,
dando ao amor o justo privilégio.
Industriado em jovem no colégio,
procuro dar-lhe um cunho original
inconfundivelmente… pessoal!
João de Castro Nunes
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