Augusto de Castro (1883 - 1971)
quinta-feira, 22 de março de 2012
Meditações - A Primavera já não é o que era
Como todas as classes médias, a Primavera está a desaparecer. A bela estação de Março cinzento a Junho azul representava um termo médio no ano: nem calor, nem frio, nem riqueza, nem pobreza, nem os dias demasiado longos de Agosto, nem as horas demasiado breves de Dezembro. [...] Pouco a pouco, a Primavera adoeceu. Começou a perder as cores, a perder o brilho dos olhos, a graça do andar, a tossir, a enrouquecer [...] E agora é o que vêem: uma criatura pálida, embrulhada em aguaceiros, rabujenta, desigual, olheirenta, nervosa, uma triste sombra do que foi [...]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Lá por mudar de vestido,
nunca deixa a primavera,
por ser mais curto ou comprido,
de ser sempre a prima... vera!
JCN
Enviar um comentário