Numa linguagem nua, despojada de todos os enfeites e franjas, João Cabral de Melo torce o pescoço à eloquência e ‘sem perfumar sua flor/ sem poetizar seu poema’ escreve uma das poesias mais limpas que eu conheço [...] A sua linguagem é seca e certeira como o gume de uma faca, como o tiro duma bala, como o bater dum relógio. Só diz o que é preciso. [...] Aquele que ama verdadeiramente a realidade busca a realidade em si e rejeita enfeites e ilusões.
Sophia de Mello Breyner Andresen sobre João Cabral de Melo Neto
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