Evocam-se anúncios que terão feito rir os nossos bisavós. Recordam-se tempos em que o tostão era de ouro e o vintém de prata. E relatam-se as últimas horas de Alexandre Herculano, falecido no ano anterior.
O Núcleo do Tempo do Arquivo Ephemera tem centenas de anuários, nomeadamnte um exemplar para 1878 do Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro, É aliás o seu responsável desde a edição de 1862, António Xavier Rodrigues Cordeiro (https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigues_Cordeiro) quem assina as duas páginas sobre Herculano.
E faz citação do epitáfio que o político, historiador e escritor escolheu para a sua sepultura: "Aqui jaz um homem que conquistou para a grande mestra do futuro, para a história, algumas importantes verdades".
Só que... o "jaz" está errado. A palavra correcta é "dorme", como surge no mausoléu de Herculano que se encontra nos Jerónimos, um projecto da autoria do casapiano Eduardo Augusto da Silva. O desenho original previa-o rodeado de colunatas e tecto, mas não houve dinheiro para tal... Como mostramos, em ilustração de O Ocidente, de 21 de Agosto de 1888.
Inscrição no túmulo de Alexandre Herculano, nos Jerónimos. Em vez de "jaz", "dorme"
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