Sobre a Camisaria Moderna, ao Rossio, em Lisboa, já escrevemos, por exemplo aqui, aqui ou aqui. As suas camisas não faziam pregas no peito, nem rugas no colarinho. Nascidos e vividos no Chiado durante 27 anos, era lá que os homens da família as compravam, até ao início dos anos 1980. Depois, deixámos de lá ir. Foram-nos dizendo que os célebres pássaros à solta na loja já tinham desaparecido, que a decadência começava a notar-se.
Hoje de manhã, ao passar pelo Rossio, demos de caras com uma Camisaria Moderna de portas literalmente escancaradas - o empreiteiro encarregado das obras (virá a ser o quê?) tinha à venda o pouco recheio que sobrou de uma morte anunciada - móveis, escaparates, máquinas de costura industriais, algumas molduras. A Camisaria Moderna acabou, mas conseguimos resgatar in extremis o anúncio mostrado em cima, para memória futura.
"Em compras superiores a 10.000$, receberá um relógio miniatura e acorde bem disposto ao despertar do galo", num mundo com "110 passarinhos em completa liberdade" e com vestuário para gente com mais de 2 metros de altura.
Em baixo, alguns dos célebres calendários da Camisaria Moderna, com Horas do Mundo, ou mesmo Perpétuos, exemplares da nossa colecção horológica.
Sem comentários:
Enviar um comentário