Estivemos há dias mais uma vez a bordo dos dois submarinos portugueses, o Tridente e o Arpão. Isto porque a SRI – Sociedade de Relojoaria Independente, ofereceu à Marinha Portuguesa dois relógios de antepara criados propositadamente para serem instalados a bordo destes vasos de guerra.
Numa altura em que a Esquadrilha de Submarinos comemora 100 anos - a data exacta foi 13 de Abril - a SRI quis associar-se à efeméride, com esta oferta. Os novos relógios de antepara dos submarinos portugueses são peças únicas e o mostrador de cada relógio foi personalizado com os logótipos identificativos de cada um deles.
Estes relógios mecânicos têm uma autonomia de cerca de 12 dias, sendo baseados em movimentos Vostok melhorados, com o balanço/espiral colocado na horizontral, às 12 horas, para sofrer menos alterações com choques. A caixa em aço possui uma escotilha e a corda é dada às 6 horas, com chave de orelhas.
Os modernos navios possuem sofisticados sistemas de medida do tempo, normeadamente por sistema GPS, mas os relógios de antepara continuam a ser usados, não pelo seu valor operacional, mas emocional – um aspecto tanto mais importante no caso dos submarinos, cujas missões podem isolar os seus tripulantes do exterior durante semanas ou até meses.
Os Vostok vêm assim substituir os antigos relógios de antepara, marca Wempe, que vinham de origem, da Alemanha, onde os submarinos foram construídos.
O Tridente e o Arpão, em dia enevoado, num dos cais do Arsenal do Alfeite
Ao fundo, o Barracuda, que saiu do activo e que passa a peça de museu
Mas Estação Cronográfica já tinha andado a bordo dos submarinos portugueses. Exactamente a 19 de Outubro de 2010, num dia de sol radioso, tinhamos coberto a cerimónia de entrega de relógios Vostok Europe a submarinistas da Armada. E já nessa altura ficara prometido que os Wempe de antepara seriam substituídos por exemplares Vostok. Veja a reportagem aqui.
O Vostok Europe modelo especial para os submarinistas portugueses teve uma edição limitada de 100 exemplares, que rapidamente esgotaram. Caixa em aço cirurgico/PVD de 47mm com bisel giratório unidireccional. Estanque até 200 metros Movimento automático Vostok 2432, com levantamento do eixo central, para acolher os tubos de gás luminoso, tritium. Indicador de dia e noite, data, equação matemática para uso dos submarinistas para cálculos de viragem. Mostrador negro ondulado. com indexes e ponteiros luminosos com tubos de gás tritium, símbolo da esquadrilha de submarinos, fundo de rosca, com vidro para observar o movimento, bracelete em silicone de alta densidade. Custava 420 €
Alguns dos Vostok Europe modelo especial para os submarinistas da Armada, quase três anos depois, nos pulsos de vários oficiais
A Esquadrilha de Submarinos faz 100 anos. Da esquerda para a direita: Capitão-Tenente Bruno Ricardo Amaral Henriques (Comandante do N.R.P. Tridente); Capitão-Tenente Nuno Miguel dos Santos Baptista Pereira (Chefe do Estado-Maior da Esquadrilha de Submarinos); Capitão-Tenente Paulo de Carvalho dos Santos Garcia (Comandante do N.R.P. Arpão).
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