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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Relógios & Canetas online de Outubro - entrevista a Peter Stas, fundador do grupo Frédérique Constant


Já está disponível aqui, aqui ou aqui a edição de Outubro do Relógios & Canetas online, a plataforma em língua portuguesa de Relojoaria, Jóias, Instrumentos de Escrita e Luxo. Nela, reportagem em Genebra, com os relógios Frédérique Constant, a MMT e a nova geração de Horological Smartwatch. Entrevista ao fundador do grupo Frédérique Constrant, Peter Stas. (errata: onde se lê "Evento Chronoswiss" deverá ler-se "Evento MMT / Frédérique Constant")


Um chapéu no mecânico, outro no quartzo

Peter Stas é um homem contente – ele e a mulher acabam de vender aos japoneses da Citizen o grupo que fundaram, embora continuem nos próximos cinco anos, pelo menos, à frente dos seus destinos. Além disso, lidera o Swiss Made em termos de calibres e software para relógios conectados. Como se não bastasse, as marcas que criou – Frédérique Constant, Alpina e Ateliers deMonaco – regressam ao espaço mais nobre da Baselworld, já em 2017.

Falámos com ele no final da apresentação à imprensa especializada da MMT – Manufacture Modules Technologies. "Achamos que as empresas relojoeiras suíças, trabalhando isoladamente, não terão capacidade de investimento para a pesquisa e desenvolvimento permanentes necessários num mercado global de relógios conectados”, diz-nos. “Com a MMT, oferecemos uma solução para todos, e cada um poderá preocupar-se com o desenho exterior dos relógios. É esta, aliás, a tradição na indústria relojoeira suíça".

Muitas formas, o mesmo miolo... na tradição helvética. "A mesma forma, dois tamanhos, isso é a maneira de pensar de Silicon Valley...", atira Peter Staas, com ironia.

Com as novas regras do Swiss Made a entrarem em vigor a 1 de Janeiro próximo, o valor acrescentado suíço passa de 50 para 60 por cento, para que um relógio possa ostentar no mostrador essa marca, símbolo de fiabilidade e qualidade. "Também aqui não teremos problemas", acrescenta Peter Stas. "Os calibres MMT são produzidos a 100 por cento na Suíça, bem como o software que neles corre".

Os Stas passam a ter um chapéu na relojoaria mecânica e outro na dos smart watches. “Estou optimista quanto a ambos os segmentos”, diz Peter. “Em Basileia vai ter um choque, garanto-lhe… vamos apresentar um relógio que pertence ao mesmo tempo a esses dois mundos…”

Será, pois um produto híbrido, atiramos. “Hybrid, será mesmo esse o nome do novo relógio, mas não posso dizer mais nada”, atira.

O futuro do relógio conectado, dizem alguns, está mais na ligação dele a nós próprios do que a outros gadgets. Peter Stas admite: “Ainda estamos numa fase inicial de exploração sobre o que um relógio pode conter – temperatura, pressão arterial, nível de stress… haverá gente interessada e outra não, mas será sempre com um objecto em contacto directo com o nosso corpo.

“A outra abordagem é mais relojoeira, tipo cronógrafo com uma série de memórias de tempos intermédios, horas do mundo, etc. “Finalmente, há um terceiro tipo de funções úteis, como o pagamento electrónico, a abertura de portas, a gestão de passwords”, diz Peter Stas.

A relojoaria mecânica topo de gama não foi, até agora, afectada pelos smart watches, pensa ele. Mas os 10 milhões de Apple Watches já vendidos “roubaram decerto quota de mercado a relógios desportivos e de moda com preços até aos mil euros”, garante.

Na Baselworld 2017 – revela-nos - o grupo Frédérique Constant (com Alpina e Ateliers deMonaco) regressa à área mais nobre da feira – o Hall 1, piso térreo, ocupando o espaço da Ulysse Nardin, que passa a estar no Salão de Genebra. No andar de cima, a Citizen ocupará o espaço até agora ocupado pela Seiko e alguns relógios Frédérique Constant estarão lá.

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