quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Relógios & Canetas online Agosto - Editorial - Grande Guerra
Grande Guerra
Fernando Correia de Oliveira
A partir de 1916 Portugal adere ao regime da Hora de Verão. O país seguia assim o exemplo de uma Europa em guerra, com falta de carvão, e que procurava aproveitar ao máximo as horas de sol disponíveis. O primeiro país a adoptar a Hora de Verão foi a Alemanha.
Este número do Relógios & Canetas online evoca o centenário da Grande Guerra, aquela que “iria acabar com todas as guerras” e que, afinal, não só não acabou com as guerras como se transformou num gigantesco matadouro para toda uma geração. Aquilo que se julgava iria durar umas semanas, meses no máximo, arrastou-se por quatro longos anos de lama e pouca glória.
Aproveitamos a efeméride para falar de algumas relações entre o mundo militar e a relojoaria – desde logo, a mudança do relógio de bolso para o relógio de pulso, iniciada a partir da I Guerra Mundial. Aquilo que até então era um objecto feminino e efeminado passa a ser o preferido de oficiais e praças em teatro de operações.
O cronógrafo de pulso, que aparece por esta altura, com a sua escala telemétrica, permitia saber a distância a que se encontrava o canhão inimigo. O mostrador de 24 horas dava mais exactidão à transmissão oral das horas. Índices e algarismos grandes ou o uso de material luminescente no mostrador davam maior legibilidade. As caixas com mostrador protegido, a resistência ao choque, à água, aos campos magnéticos são passos importantes na relojoaria, dados em resposta às necessidades dos militares.
“Diz-se que um em cada quatro soldados utiliza hoje relógio de pulso e os outros três querem adquirir um logo que possam”, comentava no relatório anual de 1916 a empresa H. Williamson, de Coventry, Inglaterra.
Milhões de desmobilizados espalhariam, há cem anos, a moda do relógio de pulso. Mas, ainda em 1920, os relógios de pulso representavam apenas 15 por cento dos relógios feitos nos Estados Unidos. Em 1935 já representavam 85 por cento.
Recordamos aqui também a II Guerra Mundial e o Big Ben, o mais conhecido relógio público no mundo, e que teve um papel tão importante na psicologia colectiva dos Aliados.
Mostramos ainda o relógio de pulso de um médico militar, oficial do Corpo Expedicionário Português, Alberto Mac Bride, que andou pela Flandres. E damos exemplos de relógios de hoje, com design militar.
A começar por aquele que será o relógio mais resistente do mundo – o I.N.O.X., da Victorinox, e a cujo lançamento mundial assistimos, bem no coração da Suíça.
Ah… e não podemos esquecer que o Relógios & Canetas de Agosto volta a bater o recorde de participação das marcas, naquela que se tornou, em pouco tempo, na mais importante plataforma online para Relojoaria e Instrumentos de Escrita em língua portuguesa.
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