segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Relógios & Canetas online Agosto - Um relógio de pulso “português” que andou na Grande Guerra
Portugal, que combatia desde 1914 as tropas alemãs em África, nas fronteiras de Angola e Moçambique, só entra na Grande Guerra em teatro europeu (Flandres, França) em 1917. O chamado Corpo Expedicionário Português (CEP), num esforço que chegou a mobilizar perto de 200 mil homens. Mal preparados, os soldados portugueses sofreram várias derrotas, sendo a principal a da chamada Batalha de la Lys, em 9 e 10 de Abril de 1918. O CEP sofreu cerca de 10 mil mortos e milhares de feridos e gaseados. E, segundo muitos especialistas, saíram gorados na sua totalidade os objectivos que levaram os responsáveis políticos do novo regime republicano (implantado apenas 4 anos antes do início do conflito) a entrar na Grande Guerra (contra a vontade do grande aliado, a Inglaterra). A unidade nacional não seria conseguida por este meio e a instabilidade política acentuar-se-ia até à sua própria queda, em 1926.
As imagens que aqui apresentamos são propriedade da Liga dos Combatentes. Um relógio de bolso e outro de mesa, exemplos da chamada Arte das Trincheiras – objectos feitos a partir de material militar, como balas.
Mas, para nós, a peça mais interessante desse espólio será este relógio de pulso, marca Gentil, e que pertenceu ao oficial médico Alberto Mac Bride (1886-1953). Desde o início de 1917 esteve em teatro de guerra, junto do CEP, acompanhado do irmão, o também médico, Eugénio. Depois do conflito, Alberto Mac Bride fez carreira como cirurgião nos Hospitais Civis de Lisboa.
Para aceder ao Relógio & Canetas online de Agosto, dedicado à relação entre a Relojoaria e o Mundo Militar, vá aqui ou aqui.
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