Do empresário Carlos Dias, fundador da manufactura relojoeira genebrina Roger Dubuis, temos falado já muito, como aqui, aqui ou aqui.
Ele deu uma entrevista à revista Up, da TAP. Até hoje, tem-se especulado sobre quanto terá pago o Grupo Richemont a Carlos Dias pela Roger Dubuis. Na peça, é avançado o valor de 850 milhões de euros.
Excertos da matéria respeitante à relojoaria:
[...] Em 1995, então emigrante radicado em Genebra, na Suíça, fundou a Manufacture Roger Dubuis. Com um investimento de 600 mil euros e apenas dois colaboradores, um dos quais o mestre relojoeiro Roger Dubuis, seu amigo, propunha-se fabricar relógios de alta gama. Em poucos anos este português colocou a marca ao lado de casas centenárias e respeitadas como a Vacheron Constantin, a Patek Philippe ou a Rolex, vencendo a desconfiança de uma indústria que é um ícone nacional, num ambiente pouco amistoso para forasteiros. Ao firmar posição no mundo seletivo e exigente da alta relojoaria suíça, catapultou-se para a lista das 300 maiores fortunas da Suíça, segundo avaliação da revista de economia Bilan. Em 2008, vendeu a empresa ao grupo de luxo Richemond, por um valor estimado em 850 milhões de euros.
[...] “O que me move é o challenge”, diz, procurando na memória a palavra em português, o que necessita de fazer raramente, pois a fluidez do discurso e a capacidade de expressão não denunciam que vive fora de Portugal há mais de 40 anos. “Os desafios que me imponho são mais exigentes do que o comum. É mais plausível esperar um português com sucesso na Suíça a fazer bolos de bacalhau do que relógios suíços. Quanto mais difícil mais me motiva.” [...]
Pode ler aqui a entrevista na íntegra, conduzida por Isabel Canha, com fotografias de Frederico Martins.
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