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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Antologia Moonwatch: Relógios Omega Speedmaster em exposição histórica na Boutique dos Relógios Plus da Avenida da Liberdade


Dezenas de modelos Omega Speedmaster estarão nas próximas semanas patentes na Boutique dos Relógios Plus da Avenida da Liberdade, em Lisboa. A maior concentração de sempre de declinações do Moonwatch ou Relógio da Lua, já que foram cronógrafos Omega Speedmaster a equipas os astronautas norte-americanos dos projectos Gemini e Apollo, nomeadamente aquando da primeira alunagem.



Em cima, um Omega Speedmaster de primeira geração, igual aos que a Omega forneceu à NASA para o programa espacial. Em baixo, o Omega Speedmaster Dark Side of the Moon, a declinação apresentada este ano na Baselworld, e de que já aqui falámos.



Reprodução de documento da NASA onde se referem as marcas sugeridas a contactar, na procura de um cronógrafo que pudesse servir no espaço. Elgin, Benrus, Hamilton, Mido, Omega, Bulova, Rolex, Longine(s) e Gruen, para além de uma misteriosa Luchin Piccard, que ninguém hoje sabe o que era, foram a primeira abordagem.

Dos contactados, apenas quatro responderam ao pedido da NASA para o envio de cronógrafos para testes - Tissot (que não se encontrava na primeira lista sugerida), Rolex, Longines, Hamilton e Omega. A Hamilton foi desclassificada porque apresentou um relógio de bolso (Navigation Time and Stop Watch). Entraram em testes modelos Tissot 235T, Rolex referência 6238 e Omega Speedmaster.


Cronógrafos Omega Speedmaster usados nos testes da NASA e no pulso dos astronautas, com braceletes especiais, para servirem por cima dos fatos.



Desde cedo a Omega explorou do ponto de vista comunicacional o facto de ter sido a marca escolhida para o programa da NASA. Os primeiros anúncios.




Fotografias da NASA mostrando os testes a que os relógios foram submetidos, antes de serem seleccionados.




Em cima e em baixo, aspectos da exposição de cronógrafos Omega Speedmaster na Boutique dos Relógios Plus da Avenida da Liberdade.




Cronologia do Speedmaster, preparada pelo importador da Omega para Portugal, a Tempus Internacional:

• O primeiro Omega Speedmaster foi produzido, em 1957. A estética do mostrador foi inspirada nos painéis dos carros italianos da época, contrastando o preto e o branco para uma melhor leitura. O relógio tinha o movimento mecânico Omega 321, também conhecido como o Lémania. O nome “Speedmaster” teve origem no taquímetro que apareceu na luneta, pela primeira vez, em qualquer relógio do mundo.

• O primeiro relógio Omega Speedmaster a chegar ao espaço saiu da linha de produção no dia 15 de novembro de 1961. Walter Schirra, um astronauta americano de origens suíças que comprou o relógio para uso próprio, utilizou-o, a 3 de outubro de 1962, durante a missão “Sigma 7” do programa Mercúrio. Schirra completou seis órbitras terrestres.

• No início de 1960, a NASA foi em busca de um cronógrafo de pulso à “prova do espaço”, e adquiriu cronógrafos de dez diferentes fabricantes nas joalharias Corrigan, em Houston – sem conhecimento das marcas em causa. Em 1964, vários cronógrafos foram eliminados e a NASA pediu a cada uma das seis marcas que restaram para fornecer uma dúzia de relógios para serem provados numa série de onze testes extremamente exigentes. Os testes incluíam a exposição a temperaturas extremas, vácuo, humidade intensa, corrosão, impactos violentos, aceleração, pressão, vibração e ruído.

• O Omega Speedmaster foi o único relógio que sobreviveu a todos os testes da NASA e, a 1 de março de 1965, foi declarado “Qualificado para voar pela NASA em todas as missões espaciais tripuladas” e oferecido a Virgil “Gus” Grissom e John Young, a tripulação de Gemini 3, a primeira missão tripulada Gemini.

• A data 23 de março de 1965 assinala o voo inaugural do Omega Speedmaster Professional como o cronógrafo oficial da NASA, na missão Gemini 3 e, a 3 de junho de 1965, durante a Gemini 4, Edward White usou-o durante a primeira “caminhada espacial” americana (também conhecida como Atividade Extra Veículo).

• O termo “Professional” foi acrescentado ao mostrador Speedmaster, em 1965, como uma referência aos profissionais da NASA, para quem o Speedmaster se tornou o relógio de escolha.

• Em 1968, o Calibre 321 foi substituído pelo movimento de elevada oscilação Calibre 861, ainda a única mudança significativa do Speedmaster desde que foi produzido, pela primeira vez. O Calibre 861, mais tarde renomeado 1861, ainda se encontra em uso nos dias de hoje.

• A 19 de abril de 1968, depois de 44 dias de viagem e 1320 quilómetros sobre a calota polar, quatro homens calcularam a sua posição com um sextante e o Speedmaster; eles encontravam-se a 90º de latitude Norte, a exata posição geográfica do Pólo Norte. A expedição foi liderada pelo americano Ralph S Plaisted e foi a primeira caminhada confirmada para o Pólo Norte (7 de março a 19 de abril: 43 dias, 2 horas, 30 minutos).

• Durante a expedição de Plaisted, os Speedmasters da tripulação eram verificados diariamente pelo rádio. Não variavam mais de um segundo por dia. Um membro da tripulação afirmou: “Eu não poderia ter desejado um relógio mais preciso do que o meu Omega Speedmaster. A temperatura da nossa cozinha varia entre os 52º C e os 26ºC. Como você sabe, a navegação é impossível sem um cronómetro preciso, especialmente quando é unicamente baseada num relógio e num sextante.”

• Buzz Aldrin tornou-se o primeiro astronauta a andar na lua com o Omega Speedmaster Professional, a 21 de julho de 1969. Neil Armstrong tinha deixado o seu Speedmaster no módulo lunar como um backup para o temporizador eletrónico a bordo que tinha avariado.

• Os modelos Omega Speedmaster Professional que foram à lua: 105.003, o 105.012 e 145.012. Todos os relógios foram equipados com o movimento Omega Calibre 321 e produzidos antes de 1968.

• Em vários momentos, durante os programas de voo espacial tripulado pela NASA, alguns concorrentes da Omega tentaram que os seus cronógrafos fossem qualificados para voar pela NASA. O Omega Speedmaster Professional sempre prevaleceu, e a NASA repetidamente confirmou a sua escolha de o utilizar em todas as suas missões espaciais tripuladas. O primeiro certificado pela NASA foi em 1965, depois em 1972 e, uma vez mais, em 1978, para todas as missões espaciais.

• “Houston, we have a problem”. Durante a missão Apollo 13, em abril de 1970, uma explosão danificou o módulo de serviço, exigindo aos astronautas que desligassem todos os aparelhos elétricos com a exceção do radio, para conservarem energia necessária para devolver a sua cápsula à Terra. A precisão foi o elemento chave para cronometrar a ignição dos motores secundários e assim corrigir a sua trajetória, e a tripulação confiou no Omega Speedmaster Professional que lhes indicou o momento exato para ligar os motores naqueles 14 segundos cruciais, permitindo-lhes direcionar a nave espacial de volta à Terra. Em reconhecimento do papel fundamental desempenhado pelo Omega Speedmaster Professional em salvar as vidas da tripulação Apollo 13, a NASA concedeu à Omega a distinção mais elevada da agência espacial, o Snoopy Award.

• O primeiro Speedmaster automático foi lançado, em 1971. A campanha publicitária na altura dizia: “Depois de seis aterragens na Lua havia apenas uma coisa que poderíamos ensinar ao Speedmaster. Dar corda a si próprio.”

• O último homem a pisar a lua foi o Capitão Eugene Cernan, durante a missão Apollo XVII, entre 7 e 9 de dezembro de 1972. O seu Omega Speedmaster Professional foi produzido a 6 de dezembro de 1965. Ele já tinha usado anteriormente este Speedmaster calibre 321 durante a missão Gemini 9 (3 a 6 de Junho de 1966), na qual se tornou o primeiro “space walker” a fazer uma órbita completa em torno da terra, e durante a missão Apollo 10 (18 a 26 de Maio de 1969). Cernan levou consigo o seu Speedmaster para o último passeio lunar, a 14 de dezembro de 1972.

• Em 1973, foi lançado o Omega Speedmaster 125, o primeiro cronómetro automático oficialmente certificado do mundo, para celebrar o 125º aniversário da Omega.

• Depois da última aterragem na lua, o programa espacial americano continuou com as missões Skylab (1973/1974). A missão Skylab SL-4, que descolou a 16 de novembro de 1973, sofreu uma avaria no relógio que equipava a câmara cartográfica. A NASA pediu à Omega para pesquisar, desenvolver e entregar uma solução – em menos de duas semanas. O departamento de R&D da Omega concretizou conforme requisitado e um especial cronómetro eletrónico (diapasão), com as medidas solicitadas, foi entregue aos astronautas do laboratório espacial e equipado na câmara, no final de Novembro.

• Quando os astronautas da Apollo Tom Stafford, Donald Slayton e Vance Brand se juntaram aos seus colegas de Soyuz, Alexei Leonov e Valery Kubasov, para o famoso encontro espacial do Projeto de Teste Apollo-Soyuz a 17 de julho de 1975, os membros de ambas tripulações estavam equipados com relógios de pulso Omega Speedmaster Professional. Na verdade, os russos com um em cada pulso: um para tempo GMT, e o outro para o tempo de Houston ou Baikonur. Desde 1975, o Speedmaster foi sempre o relógio escolhido para ser utilizado no espaço pela Agência Espacial Russa, NPO Energia, e ainda nos dias de hoje é utilizado pela Estação Espacial Internacional (ex MIR).

• O ano de 1988 viu o lançamento do Speedmaster Automático “Reduced”, com dimensões ligeiramente mais pequenas que o modelo original (o diâmetro foi reduzido de 42 para 39 mm).

• O alpinista italiano Reinhold Messner, o primeiro a ter escalado os catorze picos com mais de 8 mil metros acima do nível do mar e, o primeiro a escalar o Monte Evereste sozinho, sem oxigénio suplementar, utilizou o Speedmaster na sua expedição de 1989, ao Pólo Sul Geográfico, atravessando a Antártida de skis.

• A primeira edição Omega Speedmaster Professional “MIR” foi produzida, em 1990/1991, numa edição especial limitada a 10 números em aço. Cada relógio orbitou a Terra 1.600 vezes durante os seus 90 dias de estadia a bordo da estação espacial Russa MIR (Dezembro de 1990 a Março de 1991). Uma segunda edição especial e limitada a 35 números orbitou a Terra em 365 dias (Julho de 1993 a Julho de 1994) a bordo da estação espacial Russa MIR. Este relógio foi lançado para o rendezvous espacial Americano-Russo Atlantis-MIR, de 29 de Junho a 3 de Julho de 1995.

• Em 1998, a Omega lançou o Omega Speedmaster X-33, desenvolvido em colaboração com astronautas da NASA. Desenhado para ser acionado com luvas, é equipado com um alarme com som extremamente alto (80 decibéis), um cronógrafo de longa duração com função “MT – Mission Elapsed Time” e, uma vez que os astronautas também pediram que os números e as legendas do ecrã digital fossem de grandes dimensões e com mais contraste, um mostrador fortemente iluminado. O Omega X-33 cumpre todas as especificações estabelecidas em mais de cinco anos de testes com astronautas americanos e europeus. Qualificado para voar nas próximas 100 missões no Shuttle da NASA, os relógios X-33 foram utilizados a bordo da nave espacial americana, desde o lançamento do STS-90, e da estação espacial russa MIR.

• O Omega Speedmaster Automático Rattrapante Cronómetro, um calibre 3600 com certificação de cronómetro COSC, tratamento de grão circular e decoração Côtes de Genéve, foi lançado a 1999.

• O Omega Speedmaster Automático “Reduced Ladies”, o primeiro modelo de senhora, apresenta uma luneta com 49 diamantes de corte brilhante, aparece em 2000.

• Desde a produção do primeiro Omega Speedmaster em 1957, a Omega fabricou aproximadamente 2 milhões de Speedmasters equipados com uma série de movimentos automáticos, quartzo e de corda manual. A estimativa inclui cerca de 330.000 cronógrafos Omega Speedmaster Professional “Moonwatch”

• Cerca de 260 variantes do Speedmaster foram produzidas desde a sua criação, em 1957, com uma grande diversidade de movimentos: corda-manual, automático, diapasão, fase lunar, calendário perpétuo, split seconds, com fundo de caixa em vidro, com diamantes, em ouro, em titânio, com movimento esqueleto, e quartzo híbrido multifuncional (o Omega Speedmaster Professional X-33, de 1998, também era denominado de “Mars Watch”).

• A 15 de abril de 2007, 300 lotes de relógios Omega foram leiloados pela Antiquorum. Dois Speedmasters originais foram vendidos 30 vezes mais do que o preço atual, e a coleção “Speedmaster Missions”, composta por 22 Omega Speedmaster Professionals e uma réplica do primeiro Omega Professional alguma vez produzido, foi vendida por 368.900CHF (227.716€;312.627$). Produzida numa edição limitada de apenas 40 conjuntos, os relógios da coleção Speedmaster Missions apresentam os logotipos das missões espaciais mais emblemáticas da NASA (oito missões Gemini, de 1965 a 1966, onde missões Apollo, de 1968 a 1972, e três missões Skylab, de 1973 a 1974).

• Quarenta e dois anos depois de aterrar na lua, o Speedmaster está novamente no céu a bordo de um avião com uma envergadura mais ampla do que a de um Airbus 340, embora com menos 0,4% de peso. A Omega é um dos três principais patrocinadores do Solar Impulse, o arrojado plano liderado pelo aviador suíço Bertrand Piccard para desenvolver, construir e pilotar um avião exclusivamente movido a energia solar em todo o mundo. A Omega tem contribuído com tecnologia de alta precisão e perícia para o projeto e toda a tripulação estará equipada com Omega Speedmasters durante todos os vôos.

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