D. Duarte
A 15 de Agosto de 1433, um dia depois da morte do pai, D. João I, D. Duarte era aclamado rei, mas apenas depois do meio-dia, por conselho do seu astrólogo, Mestre Abraham Guedelha Palaçano, cirurgião judeu e rabi-mor no tempo de D. Afonso V.
Segundo o cronista Rui de Pina, terá dito Mestre Guedelha ao futuro monarca:
"Parece-me senhor, que vos aparelheis para logo entrardes na real sucessão que vos por direito pertence, peço-vos por mercê, que este auto dilateis até passar o meio-dia, e nisso prazendo a Deus fareis vosso proveito, e será bem de vosso reino, porque estas horas em que fazeis fundamento ser novamente obedecido mostram ser mui perigosas, e de mui triste consolação, cá Júpiter está retrigrado, e o sol em decaimento com outros sinais que no Céu parecem assás infelizes".
A Câmara Municipal de Lisboa recordou este ano a figura do judeu Guedelha Palaçano:
2 comentários:
Eduardo
Destinado a ser Rei por sucessão,
coube a Duarte, logo que morreu
o seu egrégio Pai, tomar na mão
os destinos do Reino que era seu.
Contrariamente àquilo que se diz
sem fundamento algum, mas recorrente,
foi um preclaro Príncipe de Avis
pela esforçada acção da sua mente.
Julgando-se o espelho dos vassalos,
no fito de poder aconselhá-los,
lançou em livro a sua experiência.
Querendo o bem do Povo e da Nação,
nos vários campos da governação
agiu com lealdade e com prudência!
João de Castro Nunes
Eduardo
Destinado a ser Rei por sucessão,
coube a Duarte, logo que morreu
o seu egrégio Pai, tomar na mão
os destinos do Reino que era seu.
Contrariamente àquilo que se diz
sem fundamento algum, mas recorrente,
foi um preclaro Príncipe de Avis
pela esforçada acção da sua mente.
Julgando-se o espelho dos vassalos,
no fito de poder aconselhá-los,
lançou em livro a sua experiência.
Querendo o bem do Povo e da Nação,
nos vários campos da governação
agiu com lealdade e com prudência!
João de Castro Nunes
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