Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Meditações - Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo

TODOS’ disse Bergoglio. Não tenho estado, mas passei por Lisboa e embora continue a não concordar com o montante gasto (tínhamos Fátima construída), de cada vez que me cruzei com grupos de jovens, senti uma energia contagiante.

Tenho a Fé como a pedra mais basilar da minha vida. Uma fé que contraída numa base católica tornou-se pela sabedoria e maturidade, cada vez mais ecuménica porque o meu sentido do Divino não separa o Mundo em religiões.

Deus, ou o meu sentido Dele, enquanto energia superior à nossa, muitas vezes medíocre humanidade, é maior que qualquer religião, partido, clube ou fronteira.

O ‘quantum’ e energia que senti em Lisboa, foi rara, porque além da juventude, o campo energético é movido por um grupo de pessoas que têm a ousadia de acreditar num mundo melhor. E isso é raro nos dias de atravessamos.

Assim de repente, lembrou-me ‘A margem da alegria’ de Ruy Belo, um livro que o querido Tolentino, me recomendou há mais de vinte anos. “Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo, é tudo serem para mim estradas largas, estradas onde passa o sol poente, é o tempo parar e eu próprio duvidar, mas sem pensar se o tempo existe se existiu alguma vez. Quando te vejo e embora exista o vento (…) Ver-te é sem tu me veres eu sentir-me visto sentir no meu andar alguma segurança mínima, caminhar pelo ar a meio metro da terra e tudo flutuar e ser ainda mais aéreo do que o ar.” O delicioso livro é altamente recomendável.

Em Lisboa nas ruas da cidade tem faltado alegria. Pelas razoes várias, mais do que sentidas e justificadas por todos e cada um de nós.

Por isso quando ouvi a ‘Viagem’ cantada pelo sempre sensível @tiagobettencourt comovi-me como uma Madalena. Sempre ouvi esta música como um hino. E perdi a conta das vezes que a ouvi com Deus, em cenários idílicos, nas minhas peregrinações estivais açorianas, em que todos os anos lapido esta minha frágil, forte e dicotómica humanidade.

Apesar do Planeta e do seu estado mental, o meu mundo interior é um lugar bonito. Acredito e acreditarei sempre que o vosso também.

do Facebook de Sancha.Co

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