Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

A daily stopover, where Time is written. A blog of Todo o Tempo do Mundo © / All a World on Time © universe. Apeadeiro onde o Tempo se escreve, diariamente. Um blog do universo Todo o Tempo do Mundo © All a World on Time ©)

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Caneta Montblanc Meisterstück para leitor do Anuário - tem até 15 de Outubro para participar


Iconografia do tempo


 Numa rua do Porto (contribuição de Carlos Torres)

Janela para o passado - prevenção rodoviária, 1989






Iconografia do tempo


 The Clock Doctor,1871, Enoch Wood Perry

Os relógios Guess no Relógios & Canetas online


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Meditações - running against a clock

This year I’m planning on hibernating from October until the Olympics next August. It’s that important to me. It drives me. And it’s very addictive. One of the cruellest things about the sport is that you’re never fulfilled or completely happy with your performance. You’re running against a clock so you always want to go faster and think that you can. That becomes an addiction.

Jo Ankier

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Caneta Montblanc Meisterstück para leitor do Anuário - tem até 15 de Outubro para participar


Iconografia do tempo - ampulhetas políticas

Caricaturas de António

Janela para o passado - pulseiras magnéticas, 1964

Iconografia do tempo


 Friedrich Friedländer (1825-1901)

Os relógios Glashütte Original no Relógios & Canetas online


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Meditações - Amanhã que importa que importa ontem

CHEGO ONDE SOU ESTRANGEIRO

 

Nada é tão precário quanto viver

Nada quanto ser é tão passageiro

É quase como gelo derreter

E para o vento ser ligeiro

Chego onde sou estrangeiro

 

Um dia passas a margem

De onde vens mas onde vais então

Amanhã que importa que importa ontem

Muda o cardo e o coração

Tudo é sem rima nem perdão

 

Passa na tua têmpora teu dedo

Toca a infância como os olhos veem

Baixa as lâmpadas mais cedo

A noite por mais tempo nos convém

É o dia claro envelhecendo

 

As árvores são belas no outono

Mas da criança o que é sucedido

Eu me olho e me assombro

Deste viajante desconhecido

Seu rosto e seu pé desvestido

 

Pouco a pouco te fazes silêncio

Mas não rápido o bastante

Para não sentires tua dessemelhança

E sobre o tu-mesmo de antes

Cair a poeira do tempo

 

É demorado envelhecer enfim

A areia nos foge entre os dedos

É como uma água fria em torvelim

É como a vergonha num crescendo

Um couro duro corroendo

 

É demorado ser um homem uma coisa

É demorado renunciar totalmente

E sentes-tu as metamorfoses

Que se passam internamente

Dobrar nossos joelhos lentamente

 

Ó mar amargo ó mar profundo

Qual é a hora da preamar

Quanto é preciso de anos-segundos

Ao homem para o homem abjurar

Por que por que esse gracejar

 

Nada é tão precário como viver

Nada quanto ser é tão passageiro

É quase como gelo derreter

E para o vento ser ligeiro

Chego onde sou estrangeiro

 

Louis Aragon