Coisas do Ephemera. Acaba de dar entrada no Núcleo do Tempo do maior arquivo privado do país um calendário para 1914, intitulado “Ricordo Raffaellesco”.
O pequeno caderno, unido por um cordão, tem na capa “Le
Dodici Ore di Raffaello Sanzio”.
“As Doze Horas” referem-se a uma série de doze trabalhos
representando alegoricamente as seis horas do dia e as seis da noite. São
atribuídas a Raffaello Sanzio, mais conhecido por Rafael, embora alguns
especialistas os atribuam a Raffaello Schiaminossi, um mestre do desenho e da
gravação.
Sobre as Doze Horas, ver aqui.
Rafael Sanzio (1483-1520) foi um pintor italiano, uma das
grandes expressões do Renascimento. Mestre da pintura e arquitetura da Escola
de Florença. No calendário inclui-se uma breve biografia, assim resumida:
“Nascimento em Urbino, escola em Perugia, impulso em Florença, campo de batalha
e triunfo em Roma”.
No interior, um poema assinado G. Acquaviva, sobre Il
Calendario Nuovo. Depois, uma primeira estampa - no Parnaso, Dante, Homero e
Virgílio. Em seguida, os dias da semana: Diana associada a Lunedi
(segunda-feira); Marte a Martedi (terça-feira); Mercúrio a Mercoledi
(quarta-feira); Júpiter a Giovedi (quinta-feira); Vénus a Veneredi
(sexta-feira); Saturno a Sabato (sábado) e Apolo a Domenica (domingo).
O caderno, além do calendário para 1914, tem uma folha solta com os calendários para 1913, 1914 e 1915. É editado por E. Sborgi (Egisto Sborgi) – Firenze. Esta tipografia de Florença produziu uma série de calendários “Ricordo Raffaellesco” nas duas primeiras décadas do século XX.















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