A estátua original
Numa segunda-feira, 9 de Novembro, de 1903, era inaugurada
em Lisboa, no Largo Barão de Quintela, uma estátua de Eça de Queirós. Na cerimónia,
discursam o Conde d'Arnoso, o Marquês d'Avila, Ramalho Ortigão, Luiz de
Magalhães, Aníbal Soares, A. Cândido, e o Conde de Rezende. Foi lida poesia de
Alberto de Oliveira. Mas a estátua que agora se vê no local não é a que lá
estava na altura.
A Câmara Municipal de Lisboa procedeu em 2001 à sua substituição, por uma réplica de bronze, a
fim de salvaguardar o original, em mármore branco, dos sucessivos actos de
vandalismo que foi sofrendo. Depois de restaurada, a peça ficou instalada nos
jardins do Museu da Cidade, no Campo Grande.
A escultura original é da autoria de António Teixeira Lopes e representa Eça de Queirós a amparar uma figura feminina que simboliza a verdade. A estátua apoia-se num plinto onde se pode ler a seguinte inscrição: “Sobre a nudez forte da Verdade o manto diaphano da phantasia".
Em 2010, era editado um relógio Omega de Ville em honra do escritor
Eça, falecido a 16 de Agosto de 1900, em França. Foi enterrado em Lisboa. Em Setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião. Vão agora ser depositados no Panteão Nacional, no meio de alguma polémica.
Polémica que rodeou igualmente a estátua, quando foi inaugurada. Disputa esquecida no tempo, recordamo-la aqui, nas páginas de alguma imprensa da época.
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