Naquela paz da tarde adormecida,
Já quando o céu se funde com a serra,
Logo ressurge incerto o cresce e erra
Todo o mistério intérmino da vida.
Que força de silêncio desmedida
Em seu pensar recôndito se encerra?!
Dos lábios toda a fala se desterra,
Cala-se a natureza recolhida.
Palavras não as há. Anda no ar
Esta prece que vai da terra ao mar
E vai dos altos ramos à raiz.
Que palavras dirão seu pensamento,
Se o nosso mais perfeito sentimento
É sempre o que se sente e não se diz?
Armando Cortes-Rodrigues
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
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1 comentário:
Há mais formas de sentir
que termos para o dizer:
quantas coisas há-de haver
que ficam por exprimir!
JCN
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