À vaidade humana
De que serve, que presta, que aproveita,
Tudo quanto se acaba em tempo breve,
Qual cera ao fogo, ou qual ao sol a neve,
Que não pôde deixar de ser desfeita.
Tal o que só do mundo se deleita.
Querendo do pesado fazer leve.
Sem temer o castigo, que se deve
A quem por temporal eterno engeita.
As flores, que nos campos apparecem,
Abatem sua mesma fermosura
Antros olhos, de quem desapparecem.
Amostra-nos o tempo que é pintura.
De quantas cousas dá, todas fenecem,
Senão o Creador da creatura.
Frei Agostinho da Cruz
domingo, 31 de março de 2013
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1 comentário:
Tudo na vida é vaidade
e como tal é fumaça:
tirando Deus, tudo passa,
até mesmo a eternidade!
JCN
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