Lidos à beira do lume!
(É tempo de ver em Deus
Sonhos que o tempo presume...)
E o Sol de Março chegara,
Trazendo recados novos:
- Saiam as ervas da terra,
Os passarinhos dos ovos!
Depois, Abril; e, brincando:
- "Eu sou Abril!" - e lá passa;
E abria a terra, a mais séria,
Meigos sorrisos de graça!
Horta abaixo, campos fora,
Eis a folia de Maio,
Com sua lança de flores,
Opa de oiro e verde saio.
E foge a ronda das Horas,
Sol de Amor, de Riso e Força,
Bailando de vale em serra,
E de arribada em congorça!
António Correia de Oliveira (1878-1960), poeta português
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