Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

A daily stopover, where Time is written. A blog of Todo o Tempo do Mundo © / All a World on Time © universe. Apeadeiro onde o Tempo se escreve, diariamente. Um blog do universo Todo o Tempo do Mundo © All a World on Time ©)

sábado, 25 de abril de 2015

Meditações - 25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 - 2004), poetisa portuguesa

5 comentários:

João de Castro Nunes disse...


Tarda em chegar a nova madrugada
que libertar nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa!

JCN

João de Castro Nunes disse...


A madrugada, Sophia,
deu numa noite cerrada
e na esperança frustrada
de um país... em agonia!

JCN

João de Castro Nunes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João de Castro Nunes disse...









“Esta é a madrugada que eu esperava”

Tarda em chegar aquela madrugada
que libertar-nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa.

Haverá que os correr à vassourada
e dar-lhes a comer apenas sopa
tão-só feita de cardos e mais nada,
vestidos todos de rugosa estopa.

Melhor seria pô-los na prisão,
atrás das grades e de mãos atadas,
olhos vendados, a dormir no chão.

Talvez assim percebam todo o mal
que ante as nações, com suas trapalhadas,
causaram sem remédio a Portugal!

João de Castro Nunes

João de Castro Nunes disse...









“Esta é a madrugada que eu esperava”

Tarda em chegar aquela madrugada
que libertar-nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa.

Haverá que os correr à vassourada
e dar-lhes a comer apenas sopa
tão-só feita de cardos e mais nada,
vestidos todos de rugosa estopa.

Melhor seria pô-los na prisão,
atrás das grades e de mãos atadas,
olhos vendados, a dormir no chão.

Talvez assim percebam todo o mal
que ante as nações, com suas trapalhadas,
causaram sem remédio a Portugal!

João de Castro Nunes