Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 - 2004), poetisa portuguesa
sábado, 25 de abril de 2015
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5 comentários:
Tarda em chegar a nova madrugada
que libertar nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa!
JCN
A madrugada, Sophia,
deu numa noite cerrada
e na esperança frustrada
de um país... em agonia!
JCN
“Esta é a madrugada que eu esperava”
Tarda em chegar aquela madrugada
que libertar-nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa.
Haverá que os correr à vassourada
e dar-lhes a comer apenas sopa
tão-só feita de cardos e mais nada,
vestidos todos de rugosa estopa.
Melhor seria pô-los na prisão,
atrás das grades e de mãos atadas,
olhos vendados, a dormir no chão.
Talvez assim percebam todo o mal
que ante as nações, com suas trapalhadas,
causaram sem remédio a Portugal!
João de Castro Nunes
“Esta é a madrugada que eu esperava”
Tarda em chegar aquela madrugada
que libertar-nos há-de desta tropa
que da nação fazendo está, coitada,
um motivo de escárnio para a Europa.
Haverá que os correr à vassourada
e dar-lhes a comer apenas sopa
tão-só feita de cardos e mais nada,
vestidos todos de rugosa estopa.
Melhor seria pô-los na prisão,
atrás das grades e de mãos atadas,
olhos vendados, a dormir no chão.
Talvez assim percebam todo o mal
que ante as nações, com suas trapalhadas,
causaram sem remédio a Portugal!
João de Castro Nunes
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