quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Relógios & Canetas online Novembro - Editorial
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A Idade do Eu
Fernando Correia de Oliveira
Os recentes avanços nas tecnologias móveis e no desejo dos consumidores em estar sempre ligados às suas marcas favoritas levou os teóricos do marketing a apelidar os tempos que vivemos como “a Idade do Eu”.
Entre as grandes marcas de luxo, com presença global, houve quem soubesse aproveitar melhor do que os outros as novas plataformas disponíveis, com as suas linguagens e ritmos muito próprios, com abordagens que continuam a ser testadas.
O futuro é digital e isso é inexorável. As marcas que conseguirem melhor integrar os seus produtos e comunicação com a comunidade de consumidores finais serão as que triunfarão, deixando pelo caminho aquelas que não se souberem adaptar.
As plataformas digitais, as tecnologias móveis, permitem uma maior personalização e uma mais rápida resposta às tendências de consumo.
Hoje em dia, potencialmente, o consumidor está disponível 24 horas por dia, e em qualquer parte do mundo. Esta nova dinâmica integrada está, segundo os especialistas, a criar valor para os consumidores, para as marcas, para o mundo em geral. Jez Frampton, CEO da Interbrand, de Londres, pensa exactamente isso.
A Interbrand realiza todos os anos um estudo sobre valor das marcas. O Best Global Brands 2014 classificou as 100 mais valiosas segundo critérios de performance financeira, papel na influência da escolha do consumidor e força em manter preços premium ou em manter lucros. As primeiras cinco marcas na lista foram Apple, Google, Coca-Cola, IBM e Microsoft.
“As marcas que pretendam liderar na Idade do Eu vão criar ligações entre o produto, as plataformas e o cliente, com aplicações personalizadas”, diz Frampton. “Os dados que nos transmitem terão que ser reumanizados, cobrir pontos de interesse genuíno, responder pessoalmente ao querer, necessidade e desejo de cada um”.
O mercado, segundo os marketers, passou da “Idade da Identidade” para a “Idade do Valor” e desta para a “Idade da Experiência”. A Interbrand vaticina uma futura “Idade do Eu”, com as marcas bem-sucedidas a usar dados e experiências personalizados para cada consumidor.
Com tão rápida e variável realidade, só as plataformas digitais poderão dar resposta às tendências de consumo futuras.
Em todo este processo evolutivo, o valor da autenticidade também é essencial. O novo consumidor está melhor e permanentemente informado. É cada vez mais difícil vender gato por lebre.
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