Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Meditações - ainda que a noite pese séculos...

Não posso adiar o amor

Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio

Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

4 comentários:

João de Castro Nunes disse...


O poeta tem razão:
o coração não se adia
para qualquer outro dia
ou qualquer outra estação,

contrariamente ao que deve
com o ódio acontecer
e que temos o dever
de adiar, fazendo greve!

JCN

João de Castro Nunes disse...


Se alguma vez o amor
pudesse ser adiado,
ficaria comprovado
não ser amor essa dor!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Para o amor afirmar
não existe hora marcada:
seja noite ou madrugada,
é sempre altura de amar!

JCN

João de Castro Nunes disse...


Corrijo:

Para o amor se afirmar

JCN