segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Na Messika, em Paris - reportagem no Relógios & Canetas online de Dezembro
Reportagem na Messika, em Paris. A ler no Relógios & Canetas online de Dezembro, que pode ser descarregado na íntegra aqui ou aqui.
Na Messika, em Paris
Joalharia viva
A marca francesa de joalharia Messika, herdeira de uma forte tradição no trato do diamante, com design fluido e leve, passa a estar disponível na Torres Joalheiros da Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Estivemos em Paris, na sede da Messika, empresa fundada em 1972 por André Messika. Nas primeiras décadas de existência, a companhia especializada em diamantes, foi apenas fornecedor de pedras preciosas para terceiros, tornando-se numa das casas mais importantes de França.
Depois, em 2005, a filha do fundador, Valérie Messika, decide criar uma linha de joias com o nome da família. Hoje, a Messika está presente em mais de 180 pontos de venda em 30 países. Acaba de inaugurar uma flagship store, na rue Saint Honoré, na capital francesa.
Valérie Messika passou a infância rodeada literalmente de diamantes. Ficava fascinada a observar o pai a abrir pequenos envelopes, em casa, escolhendo as melhores pedras. Desafiada a manusear ela própria os diamantes, habituou-se ao seu brilho. "Eram os meus berlindes, naquela época...", diz, bem-humorada, apesar do stress dos preparativos da abertura da boutique e da gravidez adiantada.
A Messika especializou-se numa técnica de micro-gravação, que dá às peças desenhadas por Valérie uma elasticidade e plasticidade inéditas. "Tratar a joia com respeito, mas dar-lhe um toque irreverente", é o lema da marca. "Tornar as joias usáveis em todas as circunstâncias, em todas as idades", é outra das preocupações da Messika, que tem peças amovíveis, diamantes móveis, pulseiras e colares elásticos.
A casa Messika trabalha unicamente diamantes, em suporte de ouro, platina ou eventualmente prata.
A legitimidade da marca Messika advém de uma história iniciada há mais de 40 anos. André Messika, líder do negócio de diamantes em França nos anos 1990, é hoje o oitavo exportador em Israel e uma figura histórica do meio joalheiro.
As peças Messika distinguem-se pela sua ligeireza, numa bordagem atrevida. “Não nos tomamos muito a sério”, admite Valérie. “As nossas joias incentivam a que brinquemos com elas, são fáceis de usar e estão influenciadas pela moda”.
Mas esta ligeireza iconoclasta tem pés sólidos onde se sustenta – os anéis, colares, pulseiras ou brincos Messika, divididos em três linhas (alta joalharia, joalharia e primeiro preço) fazem uso de novas tecnologias, desde a cravação ao talhe.
O diamante está no centro de todas as criações Messika e a ligeireza é conseguida através de fileiras de diamantes, que criam figuras muito leves e móveis. “O meu estilo privilegia o minimalismo e a geometria”, diz-nos Valérie, enquanto almoçamos no restaurante de um dos hotéis de luxo perto da rue La Fayette. “Com os meus desenhos, pretendo realçar dinamismo e energia, conforto e, ao mesmo tempo, presença marcante”. A técnica de micro-cravação, uma espécie de “assinatura” das joias Messika permite “o aumento do brilho do diamante e contribui para a leveza das peças”, explica-nos a designer. “Jogo muito com os diferentes tamanhos dos diamantes, cada um tem a sua razão de ser”.
Acabada a sobremesa, à volta de um café acompanhado de gourmandises, Valérie Messika entusiasma-se ainda mais, quando afirma: “Em todas as minhas criações, há matéria em movimento. Nenhuma joia está condenada à inércia. Com a leveza que lhe imponho, pretendo libertar dinamismo e energia. Os diamantes, montados em fios de ouro, ganham vida, com curvas e contracurvas, arabescos e volutas, num ritmo próprio, fluido”. Descrever é uma coisa. Ver e experimentar, é outra. Messika, a joalharia viva…
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