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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Memória - A força da Rolex*

Há uma barreira psicológica que a indústria do luxo não tem querido ultrapassar – a venda pela Internet. Na verdade, luxo é exclusividade e tratamento personalizado, pelo que a massificação e o anonimato da rede estariam nos antípodas de quem quer projectar uma imagem topo de gama nos produtos que disponibiliza. A Alta Relojoaria não é excepção, apesar de haver algumas marcas que começam a não ser indiferentes ao canto da sereia que é o catálogo on-line, perspectiva de vendas multiplicadas.

Já a utilização da Internet para informação sobre o produto é outra conversa. Os grandes grupos de luxo investem cada vez mais em sites interactivos e onde a importação de um catálogo em pdf, de excelente qualidade, ou a passagem de filmes técnicos ou de simples eventos sociais, com a “gente bonita” do mundo, se podem fazer a partir de casa.

A IC-Agency Competitive Intelligence, agência de estudos de mercado, acaba de lançar pelo segundo ano consecutivo o seu World Watch Report, baseado em mais de 30 milhões de buscas na rede em 2006, o que faz dele um estudo único no seu género.

No estudo entram 12 das mais prestigiadas marcas de relojoaria – Bretiling, Bvlgari, Cartier, Chopard, Ebel, Girard-Perregaux, Jaeger-LeCoultre, Longines, Omega, Patek Philippe, Rolex e TAG-Heuer. E o comportamento dos internautas quanto a elas em cinco dos mais importantes mercados consumidores – Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido.

Com 210 milhões de internautas (69,6 por cento da população), os EUA são o maior desses mercados e onde a net tem maior penetração, seguido da Alemanha, com 51 milhões (61,4 por cento), do Reino Unido, com 38 (62,3 por cento), e da França e da Itália, com 31 cada (respectivamente 61 e 60 por cento de penetração).

Neste estudo excluem-se as consultas às réplicas (que é o que mais abunda na net).
De qualquer modo, a força da Rolex é brutal. No mercado norte-americano teve quase 4 milhões de buscas, mais do que as outras todas juntas e mais 254 por cento que o seu competidor mais próximo, a TAG-Heuer. De forma decrescente no interesse dos internautas, vêm depois Omega, Breitling, Cartier, Patek Philippe, Longines, Chopard, Ebel, Jaeger-LeCoultre, Bvlgari e Girard-Perregaux. As primeiras cinco representam 90 por cento do total das buscas de marcas de relógios nos Estados Unidos e a taxa de procura norte-americana é quase o dobro da europeia.

Quanto à Europa, o quadro repete-se – a Rolex, com quase 2,2 milhões de buscas, esmaga a concorrência e tem mais 246 por cento que o seu mais directo adversário. Seguem-se Omega, Cartier, Breitling. TAG-Heuer, Longines, Jaeger-LeCoultre, Patek Philippe, Bvlgari, Ebel, Chopard e Girard-Perregaux. As cinco primeiras marcas repetem-se, por ordem diferente, e representam 90 por cento da totalidade das buscas europeias de marcas de relógios.
Poderá ir a www.worldwatchreport.com. se quiser saber um pouco mais sobre o estudo (na íntegra, é pago).

in A Máquina do Tempo, suplemento Casual, Semanário Económico, 14.09.07

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