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Um ciclo que chega ao fimDepois de quase um século incluído entre os 20 principais
mercados de destino da relojoaria helvética, Portugal, um dos seus mais
históricos consumidores, foi relegado há década e meia para os últimos lugares
dos 30 primeiros.
Isso ocorreu à medida que países até então fechados à febre
do consumo, mas com centenas de milhões de habitantes – Rússia, China –
passaram a ter uma classe média ávida de luxo. Que compra internamente e que
viaja muito.
Como antevíamos, 2021 é o ano que terá visto o
desaparecimento do mercado português dos 30 principais clientes de relógios
suíços. Será uma “expulsão” a título definitivo?
Lisboa (e, na última década, o Porto) viveram sobretudo do
turismo no que diz respeito ao consumo de relojoaria de luxo. No caso
português, os angolanos foram os primeiros a desaparecer dos eixos de consumo topo
de gama nas duas cidades, devido à situação económica de Angola. Seguiram-se
russos e brasileiros. Com a pandemia e o confinamento, o retalho relojoeiro,
talo como o outro, encerrou. E, quando abriu, continuou deserto, por falta de
estrangeiros.
A pandemia apenas veio acelerar sintomas já pressentidos há
muito. O turismo será o último sector a sair da crise, devido à falta de
confiança dos potenciais viajantes, aos focos de Covid em vastas zonas, como o
Brasil, a África do Sul ou a Índia, e às suas perigosas variantes do vírus, às
fronteiras fechadas e outras limitações à circulação de pessoas.
O reforço da tendência das compras online a que se assistiu
no último ano não vai recuar. Motivo para repensar toda a estratégia de pontos
de venda físicos.
Neste quadro, é todo um ciclo que chega ao fim. Não apenas
no luxo, mas também nele, incluindo a Relojoaria, o país é cada vez mais
encarado como uma mera região da Península Ibérica (para não dizer de Espanha).
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