TEMPORAL
Nunca cessa o fôlego dos ponteiros
na branca vastidão do mostrador?
Deslizam lentas mãos inquietantes
no seio violado do levante...
A saltos, a sol, a água ou areia
segue sempre o barco a favor do vento?
Rompe o junco as duas águas da mente
e o selo esplendoroso do oriente...
Talvez a rotação seja o limite
e no campo desnudo se cultive
o que oscila entre sol e sombra.
Quando escuta escoar o breve acorde
do carrilhão, o sempre sábio corpo
se pensa e chegada pensa a sua hora.
Davino Sena e Elizabeth Hazin
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