Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

A daily stopover, where Time is written. A blog of Todo o Tempo do Mundo © / All a World on Time © universe. Apeadeiro onde o Tempo se escreve, diariamente. Um blog do universo Todo o Tempo do Mundo © All a World on Time ©)

segunda-feira, 13 de março de 2017

Estudo sobre vendas online no Relógios & Canetas de Março


Vendas online

Expansão inevitável

Até há pouco tempo, relógios e jóias eram a categoria de crescimento mais rápido nos segmentos Luxo e Moda. Mas a procura baixou nos últimos 3 anos, com os retalhistas do ramo a virarem-se cada vez mais para o eCommerce (a principal cadeia em Portugal, a Boutique dos Relógios, iniciou há dias, a venda online para algumas das suas marcas, através do seu site).

Nos Estados Unidos, e segundo um estudo da empresa Riskified, que passamos a citar, as vendas online de relógios e jóias passou de menos de um terço em 2011 para mais de metade em 2016. Em todo o mundo, pensa-se que os canais digitais de venda representarão em 2020 um quarto das vendas de relógios e jóias. Se a isso se juntar o ainda mais avançado e dinâmico mercado da venda em segunda mão e vintage, logo se percebe que quem não estiver no negócio do online arrisca-se rapidamente a desaparecer.

O estudo da Riskified visa sobretudo a protecção dos vendedores face à fraude com cartões de crédito. A empresa assegura que, no mercado norte-americano, os retalhistas podem aprovar sem problemas mais de 95 por cento das transacções online. Aumentar significativamente a taxa de recusa será perder bons clientes, diz o estudo.

“Dado que experienciar uma falsa recusa pode prejudicar a confiança do consumidor no retalhista que lhe recusou a venda ou na própria marca, os prejuízos para os vendedores vão muito para além duma venda específica não realizada”, diz a Riskified. “De facto, estudos mostram que detentores de cartões de crédito com plafonds elevados, que são o segmento chave de consumidor para relógios e jóias topo de gama, não são só os que sofrem com mais recusas de crédito, como também são os que respondem com mais dureza”, explica. “Um estudo de 2014, junto de 3.200 consumidores nos Estados Unidos, determinou que 22 por cento dos detentores de cartões com os plafonds mais elevados tinham experienciado nesse ano uma recusa de crédito; e que, em resultado disso, quase 60 por cento limitou ou cessou por completo a relação com o retalhista em causa”, diz a Riskified.

O estudo diz ainda ser determinante a conquista de novos clientes – cerca de 90 por cento dos clientes online de relógios e jóias estão a experimentar pela primeira vez uma compra online nesse sector. Esta é a realidade norte-americana. Mas a portuguesa não deverá ser muito diferente. “Um cliente que regressa representa um terço do total das vendas online, e ele gasta em média três vezes mais por compra que os consumidores que compram pela primeira

A empresa aconselha aos retalhistas códigos de promoção (descontos) para épocas especiais – Dia dos Namorados, Dias do Pai ou da Mãe, Natal… “Está provado que o risco num cartão de crédito que está a usar um código de promoção é 75 por cento mais baixo quanto a fraudes. Um cartão roubado não se preocupa tanto assim em poupar”, diz a empresa.

Como seria de esperar, o estudo confirma que, quanto maior o valor da transacção online, maior o risco de fraude. “No eCommerce, as transações até 200 euros são muito seguras. Uma compra acima dos mil dólares tem 20 vezes mais possibilidade de ser fraudulenta. Mas, mesmo assim, o retalhista pode aprovar com segurança 75 por cento delas”.

Outro dos princípios a ter em conta – quanto menos produtos no “cesto de compras”, menor a possibilidade de fraude. De 1 a 3 artigos, a fraude é de 1,4 por cento nas jóias e de 2,6 por cento nos relógios. Compras com 6 artigos ou mais fazem elevar a taxa de fraude 250 por cento em jóias (média global de 3,6 por cento) e 300 por cento nos relógios (média global de 7,6 por cento).

Apenas mais um dado – nos Estados Unidos, as compras online de relógios e jóias são feitas em mais de 40 por cento através de dispositivos móveis. Como as compras deste tipo de artigos de luxo incluem o experimentar antes do comprar, muitos retalhistas (e marcas) estão a lançar aplicações que permitem ao cliente experimentar virtualmente as peças.

Com o mercado global de relógios e jóias a ser avaliado em 407,5 mil milhões de dólares no final de 2019, as vendas online, apesar de algum risco, nunca mais poderão ser ignoradas.

Este e outros temas podem ser lidos no Relógios & Canetas online de Março, que pode ser lido e descarregado aqui, aqui ou aqui.

Sem comentários: