Quando as mós saltarem dos moinhos
E da ribeira a água não regar,
Quando o verde já for o trilho dos caminhos
Onde os passos perderam o andar.
Quando a fruta cair inerte no pomar
E o chão em vez de uvas der espinhos
E a azeitona não luzir na pia do lagar
E nem vivalma aqui houver, sozinhos
Ficarão o vento, que à mesma irá chegar,
Sorrateiro ou brusco sobre os pinhos
Com os ramos a gemer ou a cantar
E o sol alegre em dias lavadinhos,
(Deixando a noite fasta de luar)
Saudoso de dar viço aos cebolinhos.
António Lourenço Marques Gonçalves
terça-feira, 23 de abril de 2013
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