Passam por estes dias 75 anos sobre a morte do "operário relojoeiro" Carlos Sombrio, pseudónimo literário de António Augusto Esteves (Figueira da Foz, 29-7-1894 / 25-3-1949).
Proprietário de um estabelecimento de ourivesaria e relojoaria na Praça Nova (Praça 8 de Maio), iniciou a sua atividade literária no jornal “A Voz da Justiça”. Desde 1920 e quase até ao fim da vida, foi um colaborador ativo da imprensa portuguesa, dispersa por quase uma centena de periódicos de todo o país, e manteve páginas literárias nos jornais “Gazeta de Coimbra” e “Notícias de Gouveia”.
Praticou remo, como timoneiro, na Associação Naval 1º de
Maio, da qual foi, em 1920, nomeado sócio honorário e de cuja biblioteca foi
patrono. Proferiu inúmeras conferências e organizou saraus artísticos
memoráveis, alguns dos quais transmitidos pela antiga Emissora Nacional. A sua
vastíssima produção literária abarcou diferentes géneros: contos, crítica e
divulgação dos mais diversos autores, poesia, teatro (principalmente operetas e
outras peças musicadas), inúmeros prefácios, textos acerca de desportos
náuticos, biografias, estudos de história local, propaganda turística, entre outros.
Fonte: http://diversosdicaseditos.blogspot.pt/2014/07/recordando-carlos-sombrio-no-120.html
António Augusto Esteves nasceu na Figueira da Foz em
29-7-1894 e faleceu em 25-3-1949. Teve um estabelecimento de ourivesaria e
relojoaria na Praça Nova, tendo iniciado a sua atividade literária em “A Voz da
Justiça”. Deu abundante colaboração à imprensa portuguesa desde 1920 até quase
à hora da morte, dispersa por dezenas de periódicos de norte a sul do país, com
destaque para a “Gazeta de Coimbra” e “Notícias de Gouveia” onde manteve
páginas literárias. Foi colecionador de bilhetes-postais, ilustrados, ex-libris,
livros, autógrafos e pintura, cujo abundante espólio, por sua morte, foi
enriquecer a Biblioteca e Museu Municipais. Proferiu inúmeras conferências e
organizou saraus artísticos que ficaram memoráveis, alguns dos quais foram
transmitidos pela extinta Emissora Nacional. Mereceram-lhe também especial
atenção os ranchos folclóricos locais que algumas vezes acompanhou para fora da
Figueira da Foz e para os quais chegou a escrever diversas letras. Escreveu
“Sombras”, “Aguarelas da Beira”, “Cartas Perdidas”, “Os Nossos Pintores – João
Reis”, “Diálogos”, “O Meu Romance”, o poemeto dramático “Rumo ao Mar”, além de
diversas conferências, ensaios, crónicas, novelas e contos, tendo sido
premiados alguns dos seus livros. Usava o pseudónimo literário de “Carlos Sombrio”.
Fonte: https://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/documents/437993/
Autodidacta, Carlos Sombrio (a quem o Dr. Joaquim de Carvalho chamou o "cronista probo"), viveu entre 29 de Julho de 1894 e 23 de Março de 1949.
Era um estudioso honesto. O entusiasmo com que abraçava os
mais ousados propósitos e a persistência com que procurava vencer, por meio de
aturado estudo, as dificuldades que resultavam do facto de não possuir formação
escolar, está patente na obra que nos legou. Bairrista, aplicou grande parte do
seu tempo no estudo porfiado, tendo como objectivo honrar e servir a sua cidade
- a Figueira da Foz. Desinteressadamente e com total despreendimento dos bens
do mundo.
O seu funeral foi uma impressionante manifestação de pesar.
Além da multidão, estiveram presentes as figuras mais relevantes da Figueira -
o elemento oficial, civil e militar.
Fonte: https://outramargem-visor.blogspot.com/2022/02/a-cidade-que-fomos-quem-se-lembra-de.html
Nascera em 29 de Julho de 1894 na Figueira da Foz, onde se destacou como ourives e cinzelador, jornalista e escritor, tendo deixado a Terra com 55 anos, ainda hoje sendo lembrado e comemorado, pela sua arte, fraternidade e culto da beleza.
Em 1936 fundou o grupo Coração, Cabeça e Estômago, em cujo
livro de Actas se explica, talvez por ele: "Coração, porque todos os seus
componentes vivem afectiva, paternal e socialmente por essa víscera, amando,
sofrendo combatendo os duros combates da vida. Cabeça, porque todos são indivíduos votados ao culto das letras, artes
e ciências. Estômago, finalmente porque sem comprometerem aquelas qualidades
espirituais, não desprezam os prazeres com que a mesa favorece os apreciadores
da boa cozinha portuguesa, entre todas a mais excelente". Entre os convivas
anuais estavam Cardoso Marta, o pintor Mário, Augusto, Salinas Salgado e o
notável anteriano Joaquim de Carvalho, seu companheiro de infância, como narrará em 1987 José Pires Lopes de
Azevedo, na sua Lembrança do Doutor
Joaquim de Carvalho, transcrevendo mesmo parte da homenagem que Joaquim de
Carvalho lhe prestou em Junho de 1949, quando partiu da Terra: "Carlos Sombrio
foi um autodidacta no mais denso sentido da palavra; não frequentou escolas e
não teve, sequer, o estímulo inicial de um camarada mais velho. O que foi, a
si, e a só a si, o deve, à sua vontade tenaz e admiravelmente voluntariosa.
(...) O que singularizou Carlos Sombrio foi a afectividade, o dom de captar o
colorido e de exprimir o sentido pictórico da Natureza e, sobretudo, o amor à
gente simples da nossa terra, em cujo mundo sentimental penetrou com alma
romântica e comovida".
Também Manuela de Azevedo, em Alguns Homens das Cartas a
João de Barros (1972, Jornal Mar Alto, Figueira da Foz) mencionando ser Carlos
Sombrio "um escritor menor que foi um carácter maior, autor de uma série e
devotada biografia do Poeta" João de Barros, diz dele: "Era uma alma e um
carácter ricos de todos os dons superiores".
Fonte: https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2019/06/carlos-sombrio-artista-da-figueira-da.html
Panfleto referente a Exposição sobre Carlos Sombrio / António Augusto Esteves, "operário relojoeiro", na sede da Associação Naval 1º de Maio, na Figueira da Foz, em 15 de Maio de 1955
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