Quando a primavera chega, pensamos
que o mundo se iluminou de novo!
Parece-nos, então, que nós chegamos
a algo belo e cheio como um ovo.
Teríamos sido nós a criá-lo?
Terá saído de dentro de nós?
Teremos inventado esse regalo?
Teremos sido nós a dar-lhe voz?
O fulgor da primavera é demais,
pra que seja possível acolhê-la!
Por mais que a sintamos, ela sobra,
arrasando com feitiços fatais.
A vida, chega-se, então, a perdê-la,
com este fino veneno de cobra!
Sem comentários:
Enviar um comentário