domingo, 2 de agosto de 2020
Para que lado vai a bola? Ninguém sabe...
Editorial Agosto
A angústia do guarda-redes antes do penálti
Chegados a Agosto e ainda não vimos fisicamente um único relógio das novidades que deveriam ter sido apresentadas em Março / Abril nas iniciativas Time to Move (Swatch Group), Watches & Wonders (Richemont Group mais independentes) ou Baselworld (aquela que durante um século foi a grande feira mundial do sector). Nenhuma delas se realizou, devido à pandemia. Não fomos convidados para a LVMH Watch Week, no Dubai (não foi nenhuma OCS português).
Prepara-se agora o Geneva Watch Days, para o final de Agosto. Um evento descentralizado, a que aderiram algumas marcas, que receberão os convidados nas suas lojas naquela cidade. Antecipamos o fiasco, para o qual também não fomos convidados (não houve convites para OCS de Portugal). Haverá um Watches & Wonders regional em Shanghai, em Setembro. Estamos curiosos para saber como se vão passar as coisas nessa parte do mundo.
No próximo ano, as grandes marcas que abandonaram a Baselworld em 2020, Rolex, Patek Philippe ou Chopard incluídas, terão um salão em Genebra, organizado pela Fundação de Alta Relojoaria, aquela que organizava o Salão Internacional de Alta Relojoaria e que agora se chama Watches & Wonders. O novo salão ainda não tem nome, mas deverá ocorrer na mesma data que o W&W.
Quanto à Baselworld, passa a chamar-se HourUniverse, mantém-se em Basileia, e diz que vai coordenar datas com os eventos de Genebra para que os interessados estrangeiros façam apenas uma viagem por ano à Suíça, para ver as novidades relojoeiras.
Sobre os projectos 2021 das marcas Swatch Group ou das do LVMH, nada se sabe – haverá Time to Move? Haverá Watch Week no Dubai?
Com as previsões mundiais sobre a evolução da pandemia, vaticinamos fiascos sucessivos – quem arriscará fazer viagens intercontinentais, saído o mundo de um Inverno que se prevê complicado em termos de saúde pública?
Chegados aqui, que fazer? Eventos locais, organizados em parceria pelos grandes grupos com os seus representantes nacionais seriam a resposta mais adequada.
Mas, Portugal é cada vez mais periférico nesta como em muitas outras coisas. A informação e comunicação do Swatch Group em Portugal é um total desastre. A do Richemont Group é outro. A do LVMH é inexistente. A do Kering, nem se fala.
Será que os players nacionais têm alguma estratégia de comunicação para a rentrée, em Setembro? É que a desglobalização veio para ficar, arriscamos nós.
O Anuário Relógios & Canetas, nas suas formas on e offline, continua a ser a plataforma mais importante em língua portuguesa a servir o sector. E a única editorialmente independente. Continuamos cá para informar. Mas temos que ter matéria-prima para tal.
A angústia do guarda-redes antes do penálti… tão bem que a compreendemos…
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