Estivemos por estes dias na Andaluzia, na zona de Cádis. Em Jerez de La Frontera, visitámos o Palácio do Tempo, uma colecção de quase 300 relógios, sobretudo franceses, e ao estilo Império, mas também ingleses, alemães, suíços ou italianos, abarcando um período que vai dos séculos XVII ao XIX.
O Palácio do Tempo está situado no complexo Museos de la Atalaya, um conjunto de edifícios do século XIX, espalhados por 2 hectares de jardins românticos, "bodegas" e outras instalações, preparadas para a realização de eventos.
A colecção inclui sobretudo relógios de mesa, mas tem igualmente alguns de caixa alta e de bolso. Há ainda relógios de sol. Relojoeiros como Le Roy, Berthoud, Frodsham, Lepaute, Lepine, Thuret, Guydamour, Raingo frères, Etienne Le Noir, Blanc Fils, e outros estão representados.
Na edição de Agosto do Relógios & Canetas online publicaremos uma reportagem mais completa sobre o acervo do Palácio do Tempo de Jerez. Para já, um portefólio sobre algumas das peças mais interessantes.
A visita ao Palácio do Tempo foi guiada por Miriam Morales Lara, Directora nos Museos de la Atalaya
A primeira sala, no rés-do-chão, agrupa essencialmente exemplares estilo Império (1800 - 1830). No andar superior, sobretudo relógios ingleses e alguns de bolso.
Um exemplar de escola francesa, com um relógio de sol. Um relógio mecânico pode ser acertado diariamente, por um relógio de sol, quando no local ocorre o zénite (altura máxima do sol, sombra mínima, o meio-dia solar verdadeiro). Também se pode usar o relógio de sol para acerto da hora civil, desde que se atenda à hora de Verão ou de Inverno, à Equação do Tempo, e à longitude do local em relação ao meridiano do fuso horário respectivo. Em baixo, uma meridiana (peça em que um conjunto de lente e canhão faz soar o meio-dia solar verdeiro num determinado local). O Porto e Lisboa tiveram, no século XIX, meridianas (veja aqui)
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