(foto Paulo Pires, Espiral do Tempo)
Estação Cronográfica passou a manhã no atelier de Julião Sarmento, na zona de Sintra. O pretexto - a apresentação da edição limitada do Jaeger-LeCoultre Reverso que trás o seu nome. E... no verso, uma imagem de mulher, a omnipresente Mulher, inidentificável, enigmática.
O Reverso, pelas suas características únicas - a caixa volta-se sobre si própria, podendo ostentar o verso como mostrador - tem-se prestado ao longo dos seus mais de 80 anos de história a gravações, decorações, personalizações das mais diversas.
(ilustração Magda Pedrosa, Espiral do Tempo)
Estação Cronográfica já aqui tinha adiantado em primeira mão. O Jaeger-LeCoultre Reverso Julião Sarmento é uma edição limitada a 20 exemplares em ouro rosa e a 30 em aço. Com caixa de 30 x 48,5 x 9,7 mm, estanque até 30 metros, tem, na versão aço uma mulher de negro, em fundo branco; na versão ouro, o fundo é amarelo. Para a decoração foi usada a técnica de lacagem. No verso da base fixa da caixa, a assinatura do artista.
Com calibre de carga manual em qualquer uma das versões, cada exemplar vem acompanhado de uma serigrafia de 76 cm x 112 cm, correspondente à que decora o relógio.
PVP de 9.900 € para a versão em aço, de 17.900 € para a versão em ouro rosa.
O Jaeger-LeCoultre Reverso Julião Sarmento insere-se na colecção Arte Portuguesa, iniciada em 2000 com Júlio Pomar, prosseguida em 2001 com Manuel Cargaleiro, em 2002 com Paula Rego e em 2003 com José de Guimarães. Uma espécie de pinacoteca de pulso, com alguns dos nomes mais representativos das Artes Plásticas contemporâneas portuguesas. Nas fotos em cima e em baixo, os exemplares anteriores.
Uma gravadora da Jaeger-LeCoultre deslocou-se propositadamente de Le Sentier, onde a manufactura está instalada, para demonstrar aquele métier d'art. Hoje à noite, há um encontro no atelier de Julião Sarmento, com clientes finais. Muitos deles possuidores já dos outros modelos da colecção Arte Portuguesa.
"Tenho muito respeito pelo meu trabalho. Nunca me prostituiria. Neste caso, foi-me pedido que fizesse algo de meu, para que funcionasse numa tela muito pequena... a mais pequena que trabalhei, até hoje. E foi isso que fiz - uma obra minha, sem imposições", diz Julião Sarmento.
Na parede do atelier, apontamentos gráficos e fotográficos com a figura feminina como tema central
Neste momento, Julião Sarmento prepara uma exposição antológica em Serralves - uma maqueta do edifício funciona para ensaiar onde colocar que obra - na base, vêem-se pequenos "quadros", representando o percurso do artista. A obra mais antiga data de 1969.
Decorre neste momento em Lisboa, na Galeria João Esteves de Oliveira, uma exposição de Julião Sarmento
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