Há 75 anos, era inaugurado em Genebra o Salão “Montres et Bijoux”,
coincidindo a sua primeira edição com os 2 mil anos da fundação da cidade por
Júlio César, em 58 a.C.
Em 1942, estava-se em plena guerra mundial, e a Suíça, tal como Portugal, manteve-se neutral ao longo do conflito, mas sofreu, claro, as suas consequências. Nomeadamente com a quebra na exportação de relógios.
Embora isso fosse compensado com a exportação de calibres para a Alemanha, nomeadamente através de Portugal, para servirem de temporizadores às bombas nazis. Mas isso é outra história, que já abordámos, nomeadamente em História do Tempo em Portugal.
“Montres et Bijoux”, que era para ser um evento único, decorreu no Museu de Arte
e de História da cidade. Aberto apenas a marcas suíças, foi durando até 1960,
quando se abriu a outras nacionalidades. E durou assim até 1982. Pode
considerar-se o precursor do Salão Internacional de Alta Relojoaria, hoje
Watches & Wonders, que nasceria em 1991.
Desde 1959, e paralelamente ao “Montres et Bijoux”, houve um
“Prix de la Ville de Genève de la Montre et de la Joaillerie”, antepassado do
actual Grand Prix d’Horlogerie de Genève (GPHG).
Por Portugal, em 1940, inicia-se a publicação de Cronos,
Revista Cronométrica, uma “revista mensal ibero-americana dos relojoeiros de
Espanha, Portugal e países americanos”. Dirigida por Henrique Pires, e depois
por Alcindo A. Augusto, a Cronos publica-se até 1949.
Por essa altura, ocorre no Instituto Superior Técnico, em
Lisboa, uma “Exposição Suíça de Relógios”, iniciativa da indústria relojoeira e
demonstrativa da importância que o mercado português sempre teve para aquele
país, especialmente no capítulo dos relógios de pulso (relojoaria fina).
Segundo relato da Cronos – Revista Cronométrica, além de peças de museu,
estiveram patentes o relógio que à altura era o mais pequeno do mundo (14x12
mm) e aquele que era o mais fino (3 mm), os dois no stand da Omega.
Sem comentários:
Enviar um comentário