Alice no país das dificuldades
Vinte portas, vinte quartos,
Com janelas, outros sem elas,
Há gente boa, há lambe-botas,
Passeia-se o chefe entre as ovelhas.
Bisbilhota-se nos corredores,
Alteram-se as cores à verdade,
E entre beijos e rumores,
Revela-se, Alice.
No país das dificuldades,
Baralham-se as cartas e as vaidades,
Joga-se um jogo sem lei,
Na mesa do rei.
É uma escada que sobe,
É um elevador que desce,
É o lobo mau que aparece,
É o coelho que corre.
É o tempo que pára,
É um abismo sem fundo,
E dá-se a volta ao mundo,
E lá está ela, Alice...
Sem comentários:
Enviar um comentário