RELÓGIO
No meu quarto sem luz, sofro sozinho,
Estrela da manhã do meu caminho,
ninguém, como eu, te quer, ninguém, ninguém...
Sem ti não beberia o amargo vinho
da vida, rosa ideal que nunca vem!
E de ti como escalda a minha sede!
Tudo parece ter pena de mim,
mesmo o velho relógio da parede.
Relógio! — Ela virá? — Pergunto em vão.
o ponteiro seguindo diz que sim,
e o pêndulo chorando diz que não.
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