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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

SIHH 2016 - relógio Cartier Rotonde de Cartier Astromystérieux


Estivemos recentemente em La Chaux-de-Fonds, no âmbito do Fine Watchmaking Club, a tomar contacto com algumas das novidades que a manufactura Cartier vai apresentar, a partir de hoje, no Salão de Alta Relojoaria, em Genebra. Uma das peças que mais se irá falar é deste astro-turbilhão misterioso, juntando de forma inédita num relógio de pulso duas grandes complicações criadas no atelier de pesquisa e desenvolvimento chefiado pela mestre relojoeira Carole Forestier-Kasapi.

Limitado a 100 exemplares, o Rotonde de Cartier Astromystérieux surge na sequência da longa tradição da marca em produzir relógios misteriosos há mais de um século, começada com a frutuosa colaboração entee Louis Cartier e o génio relojoeiro Maurice Cöuet (1885 - 1963), que se tornou fornecedor exclusivo da Cartier a partir de 1911.

O primeiro relógio misterioso Cartier sai em 1912. Cöuet inspirou-se para esta inovação nos relógios fabricados pelo famoso ilusionista e pai da magia moderna, Jean-Eugène Robert-Houdin (1805-1871). O princípio, que ele adaptou e desenvolveu, é baseado no conceito de os ponteiros não estarem directamente ligados ao movimento, mas antes pintados ou colados em discos de vidro com um aro de metal dentado no rebordo. Activados pelo calibre, que geralmente está na base do relógio, os discos movem-se, movendo assim os ponteiros, que parecem flutuar no ar.

Depois dos modelos Mysterious Hour e Mysterious Double Tourbillon, o Astromystérieux abre um novo capítulo entre os relógios misteriosos da Cartier, combinando de forma inédita a rotação central de um escape com o eixo dos discos dos ponteiros.


Como num turbilhão tradicional, a gaiola do Astromystérieux gira sobre si própria, movida por uma roda fixa ligada ao tambor de corda. Mas, ao contrário do turbilhão convencional, o Astromystérieux distingue-se pela rotação central em uma hora da sua gaiola central, incluindo no conjunto não apenas o escape e a roda de balanço, mas também o trem de rodas e o tambor de corda. Esta gaiola é feita de uma ponte inferior maior em vidro de safira e em forma de disco e de duas pontes superiores, uma que sustenta a roda de balanço e a outra o escape, o trem de rodas e o tambor de corda. É esta gaiola giratória que indica os minutos, ditando assim o seu ritmo de rotação.




Mas o Astromystérieux tem ainda outros três discos de safira sobrepostos. Um deles serve para indicar as horas. Outro, ligado à coroa, para dar corda ao calibre (sistema patenteado). E, finalmente, um outro para acerto das horas, situado na base do movimento (e que, além disso, permite a rotação da gaiola do turbilhão).





O Cartier Rotonde de Cartier Astromystérieux tem calibre de carga manual, da manufactura (9462 MC). Com turbilhão misterioso central, compreendendo o escape, a roda de balanço, o trem de rodas e o tambor de cor. Caixa de 43,5 mm, de paládio, coroa com cabouchon de safira azul. Estanque até 30 metros. É limitado a 100 exemplares.

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