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domingo, 7 de dezembro de 2014

Relojoeiro Atílio José Cabral, em Portalegre, no final do séc. XIX e início do séc. XX

Várias escrituras, no final do século XIX e início do século XX, realizadas no Cartónio Notarial de Portalegre, tiveram como testemunhas o "agenciário" Tomás Augusto Bagulho e o relojoeiro Atílio José Cabral.

Dos arquivos notariais:

Escritura de distrate de hipoteca. Comprador: -. Vendedor: -. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, agenciário, morador na cidade de Portalegre; Atílio José Cabral, relojoeiro, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: Por escritura lavrada a 13 de Agosto de 1896 nas notas do notário António Andrade Rebelo da Costa Júnior, o falecido Diogo da Fonseca Achaioli hipotecou a Pedro de Castro da Silveira um prédio rústico no sítio do Seixo, freguesia da Urra, concelho de Portalegre, descrito na conservatória sob o n.º 179, a fl.248v. do livro B 2.º, para garantia de 160$000 réis com vencimento de juro. Declara ter já recebido do devedor essa importância, dando quitação da mesma.

Escritura de arrendamento do desfruto da cortiça. Comprador: António Brito de Sousa, proprietário, morador na freguesia de São Brás, concelho de Faro. Vendedor: Filipe Lopes, proprietário, morador na Fonte Serra, freguesia da Ribeira de Nisa, concelho de Portalegre. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, agenciário, morador na cidade de Portalegre; Atílio José Cabral, relojoeiro, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: Filipe Lopes é proprietário das seguintes propriedades, situadas na freguesia da Ribeira de Nisa: uma tapada denominada da Fonte Serra, descrita na conservatória sob o n.º 3.500, a fl.166v., livro B 9.º; uma tapada denominada da Eira, descrita na conservatória sob o n.º 3.501, a fl.167, livro B 9.º; um prédio rústico situado na Fonte Serra, descrito na conservatória sob o n.º 6.407, a fl.39, livro B 17.º. Arrenda o desfruto da cortiça destas propriedades a António Brito de Sousa pelo prazo de 13 anos, a principiar a 1 de Setembro de 1911 e terminar a 31 de Agosto de 1924. Arrendamento no valor de 250$000 réis, a pagar em cinco prestações iguais: a 1.ª no acto da escritura; a 2.ª em Maio de 1914; a 3.ª em Maio de 1917; a 4.ª em Maio de 1920 e a 5.ª em Agosto de 1924, antes da extracção da cortiça. Observações: José Gonçalves Travassos, proprietário, morador na cidade de Portalegre, assina a rogo de Filipe Lopes, por este não saber escrever.

Escritura de arrendamento do desfruto da cortiça. Comprador: José Brito Caiado, negociante, morador na freguesia de São Brás, concelho de Faro; Joaquim José Soares, negociante, morador na vila de Loulé. Vendedor: D. Maria da Alegria Panasco Castelo Branco, moradora no concelho de Portalegre; Doutor Augusto Pires de Lima, médico, e sua esposa, D. Helena Panasco Pires de Lima, moradores no concelho de Portalegre; Luís Alves de Sousa Gomes, secretário da administração do concelho de Portalegre, e sua esposa, D. Maria Ana Panasco de Sousa Gomes, moradores no concelho de Portalegre. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, agenciário, morador na cidade de Portalegre; Atílio José Cabral, relojoeiro, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: Por óbito de Luís Xavier de Barros Castelo Branco, D. Maria da Alegria Panasco Castelo Branco, o Doutor Augusto Pires de Lima e sua esposa, D. Helena Panasco Pires de Lima, Luís Alves de Sousa Gomes e sua esposa, D. Maria Ana Panasco de Sousa Gomes são herdeiros de várias herdades, olivais e tapadas, no total de 15 propriedades situadas nas freguesias de N. S.ª do Rosário e de N. S.ª da Assunção, concelho de Arronches. Arrendam o desfruto da cortiça a José Brito Caiado e Joaquim José Soares pelo prazo de 12 anos, a principiar a 1 de Setembro de 1911 e terminar a 31 de Agosto de 1923. Arrendamento no valor de 2.000$000 réis, a pagar da seguinte forma: 400$000 réis pagos no acto da escritura; dez prestações anuais de 160$000 réis de Setembro de 1913 a Agosto de 1923.

Escritura de arrendamento de propriedade. Comprador: José Martins Elias, proprietário, morador na herdade das Courelas, freguesia de Urra. Vendedor: Henry Bucknall & Sons, Limited, firma com sede em Londres. Fiador do comprador: Joaquim Manuel de Moura, proprietário, morador na herdade de Entre as Ribeiras, freguesia de Fortios. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, "que vive de sua agencia", morador na cidade de Portalegre; Atílio José Cabral, relojoeiro, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: A firma Henry Bucknall & Sons, Limited, é proprietária da coutada de Cabeceiros e da coutada de Sabugal, situadas na freguesia de Urra, e descritas respectivamente na conservatória da comarca de Portalegre sob os n.º 646-647, a fl. 43v.-45v., do livro B 6.º da suprimida conservatória do concelho de Portalegre. É feito arrendamento das coutadas pelo tempo de 6 anos, a principiar a 1 de Janeiro de 1911 e terminar a 31 de Dezembro de 1916. Não é abrangida a cortiça das árvores, ainda que ao arrendatário fique pertencendo todo o montado. O contrato tem a renda anual de 2.300$000 réis a pagar a 31 de Dezembro, correspondendo 1.500$000 réis à coutada de Cabeceiros e 800$000 réis à de Sabugal. As coutadas serão divididas em 12 folhas, podendo o arrendatário semear apenas duas por ano, sem poderem ser repetidas. O arrendatário fica proibido de sublocar este contrato sem consentimento da senhoria. Observações: Manuel Lopes, proprietário, morador na vila de Nisa, comparece na qualidade de procurador da firma Henry Bucknall & Sons, Limited, apresentando certidão de 10 de Fevereiro de 1908 passada pelo notário Tavares de Carvalho, de Lisboa, em face de uma procuração arquivada no seu cartório, apensa a uma escritura de 12 de Setembro de 1905 que se encontra a fl.63 do livro n.º 394.

Escritura de arrendamento do desfruto da cortiça. Comprador: Manuel Rodrigues Vaquinhas & Companhia, sociedade comercial em nome colectivo, com sede em Lisboa, na Rua dos Caminhos de Ferro, n.º 96. Vendedor: Georgina de Avilez, Viscondessa do Reguengo, moradora na cidade de Sevilha, Espanha. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, agenciário, morador na cidade de Portalegre; Atílio José Cabral, relojoeiro, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: Dona Georgina de Avilez é proprietária das seguintes propriedades na freguesia de Urra: herdade dos Apóstolos, com todas as suas courelas anexas; herdade da Torre; herdade dos Tojais; tapada situada no Monte da Estrada, ou Cancelona[?]. Arrenda o desfrute da cortiça à firma Manuel Rodrigues Vaquinhas & C.ª pelo prazo de 3 anos, nas herdades da Torre e dos Tojais, e pelo prazo de 4 anos, na herdade dos Apóstolos e tapada da Cancelona. Este arrendamento entrou em vigor nas quatro propriedades a 1 de Janeiro de 1911. No último ano de cada um dos prazos a cortiça deve ser extraída até 31 de Agosto. O arrendamento é no valor de 10 contos de réis, metade do qual é pago no acto da escritura. Os restantes 5 contos de réis serão pagos em duas prestações iguais: uma no fim de Maio de 1913 e outra no fim de Maio de 1914. Se toda a cortiça for extraída até final de Agosto de 1913 o pagamento dos 5 contos de réis será realizado na totalidade no final de Maio de 1913. A senhoria pode pedir adiantadamente as prestações vencendo, porém, essas abonações o juro anual de 6%. Caso o rendeiro não cumpra alguma cláusula do contrato, pode a senhoria declara findo o contrato sem necessidade de devolução dos pagamentos já realizados pela firma. Caso o incumprimento seja da parte da senhoria, deve esta pagar uma indemnização de 10 contos de réis, obrigando-se ainda à devolução das prestações já pagas e ao pagamento das despesas judiciais e extra-judiciais a que se procedam. Para tal, a senhoria hipoteca à firma a sua herdade da Torre. Observações: José Maria Baptista, industrial, morador na cidade de Portalegre, comparece na qualidade de procurador de D. Georgina de Avilez; Francisco Velez do Peso, proprietário, morador na vila de Assumar, concelho de Monforte, comparece na qualidade de procurador da firma Manuel Rodrigues Vaquinhas & Companhia.


Escritura de arrendamento de propriedade. Comprador: José Ramiro Garção, lavrador, morador na freguesia de Santa Maria, concelho de Marvão. Vendedor: Pedro de Castro da Silveira, proprietário, morador na cidade de Portalegre. Fiador do comprador: Joaquina Pires Vermelho, proprietária, moradora na freguesia de São Julião, concelho de Portalegre. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, agenciário, morador na cidade de Portalegre; João Manuel Miranda, trabalhador, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: Pedro de Castro da Silveira é proprietário da herdade do Falcato, descrita na conservatória sob o n.º 2.381, a fl.2 do livro B 7.º, e da herdade da Pena ou Penha de Águia, descrita na conservatória sob o n.º 616, a fl.298v. do livro B 5.º. Da herdade do Falcato faz parte a tapadinha da Cruz das Mós, a qual fica excluída do presente contrato. Arrenda as herdades a José Ramiro Garção pelo prazo de 6 anos, tendo já começado na herdade do Falcato a 1 de Outubro de 1910 e começando apenas a 1 de Janeiro de 1911 na herdade da Pena ou Penha de Águia. O rendeiro pagará anualmente 1.800$000 réis, divididos por dois pagamentos: um a 30 de Setembro e outro a 31 de Dezembro. Estabelecida a cláusula de prerogação automática do contrato por igual período de tempo, no último ano do arrendamento. Observações: José Gonçalves Travassos, morador na cidade de Portalegre, assina a rogo de José Ramiro Garção, por este não saber escrever; Acto realizado na Rua do Lobato, em casa de D. Inês Maria Mendes; Atílio José Cabral, morador na cidade de Portalegre, assina a rogo de Joaquina Pires Vermelho, por esta não saber escrever;


Escritura de arrendamento de propriedade. Comprador: Joaquim Manuel de Moura, proprietário, morador na herdade de Entre as Ribeiras, freguesia de Fortios. Vendedor: Henry Bucknall & Sons, Limited, firma com sede em Londres. Fiador do comprador: José Martins Elias, proprietário, morador na herdade das Courelas, freguesia de Urra. Testemunhas: Tomás Augusto Bagulho, "que vive de sua agencia", morador na cidade de Portalegre; António Joaquim Lourenço Margalho, estudante, morador na cidade de Portalegre. Resumo do documento: A firma Henry Bucknall & Sons, Limited, é proprietária da coutada Nova e da coutada da Safra, situadas na freguesia de Fortios, e descritas respectivamente na conservatória da comarca de Portalegre sob os n.º 644-645, a fl. 39v.-41v., do livro B 6.º da suprimida conservatória do concelho de Portalegre. É feito arrendamento das coutadas pelo tempo de 6 anos, a principiar a 1 de Janeiro de 1911 e terminar a 31 de Dezembro de 1916. Não é abrangida a cortiça das árvores, ainda que ao arrendatário fique pertencendo todo o montado. O contrato tem a renda anual de 1.200$000 réis a pagar a 31 de Dezembro. A coutada Nova terá apenas 1 folha, semeada apenas um ano durante o contrato, e a da Safra terá 6 folhas, semeada uma em cada ano do arrendamento. O arrendatário fica proibido de sublocar este contrato sem consentimento da senhoria. Observações: Manuel Lopes, proprietário, morador na vila de Nisa, comparece na qualidade de procurador da firma Henry Bucknall & Sons, Limited, apresentando certidão de 10 de Fevereiro de 1908 passada pelo notário Tavares de Carvalho, de Lisboa, em face de uma procuração arquivada no seu cartório, apensa a uma escritura de 12 de Setembro de 1905 que se encontra a fl.63 do livro n.º 394.

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