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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Relógios & Canetas online Janeiro - Editorial - A Questão do Ouro


Fonte: BullionByPost

A questão do ouro

A 18 de Outubro de 2024, o preço do grama de ouro ultrapassou pela primeira vez os 80 euros (80,32 €). No final do ano, o preço continuava nesse patamar (80,86 € a 24 de Dezembro).

Comparada a evolução do preço do ouro nos últimos cinco anos, perante um mínimo de 42,80 € o grama, o ouro sofreu uma valorização de 85,77 %.

Sempre foi assim, ao longo da história – o ouro é um refúgio em tempos de crise e de incerteza. “Quando os mercados tremem, o preço do ouro sobe, e todos os que temem o futuro investem nele”, diz Antonella Reina, num editorial recente da VO+ Magazine online, publicação especializada em joalharia. “O ouro e a sua percepção combinam factores económicos, culturais e históricos”.

Poder, eternidade, imortalidade, são conceitos ligados ao ouro. No século XIX, com a criação do Padrão Ouro, o valor da moeda nacional passou a estar ligado à quantidade de ouro que cada nação possuía. Mesmo quando o sistema foi abandonado, o ouro não perdeu estatuto como investimento de refúgio. Em tempos da Grande Depressão ou nas mais recentes crises financeiras, o ouro tem permanecido como bastião de segurança.

“Hoje, com o mundo a caminhar para uma cada vez maior digitalização e virtualização das mercadorias, o ouro continua a servir como laço concreto com o passado e promessa de durabilidade para o futuro”, salienta Antonella Reina.

Nas últimas décadas, ocorreu uma evolução, com um foco cada vez maior na sustentabilidade e na mineração ética. “A procura por ouro já não se baseia na sua beleza ou valor intrínseco, mas passa também pelo modo como é minerado e processado”, diz.

As novas gerações, cada vez mais conscientes dos impactos ambientais e sociais do seu consumo, premeiam as marcas que usam ouro reciclado ou de fontes eticamente certificadas.

“Seja como investimento, símbolo ou simplesmente como peça que recorda uma situação, o ouro permanece inalterado, como uma promessa de eternidade num mundo em trânsito”, defende Antonella Reina.

Com as incertezas sociais, políticas, ambientais que vivemos e que deverão aumentar num futuro próximo, a corrida ao ouro vai continuar.

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